17 de nov. de 2005

Nepotismo


O Conselho Nacional de Justiça publicou uma resolução proibindo o nepotismo no Poder Judiciário. Nem precisaria, nepostismo é fraude a concurso. Se pegar dois tribunais, um campeão de nepotismo e outro com um sistema de ingresso justo e legal, evidentemente por concurso público, vai se ver que este é bem melhor do que aquele. Basta querer ver, exemplos não faltam. Como a cara de pau não tem limite, os corregedores e presidentes dos Tribunais de Justiça resolveram publicar uma carta contra a decisão do CNJ. Direito deles. Contudo, a se creditar na matéria da Folha de São Paulo de 17/11/2005: "A carta divulgada pelos corregedores sugere que os tribunais "resistam ao cumprimento de determinações do CNJ que impliquem no desrespeito à Constituição". O desembargador Washington Freitas, do TJ de Alagoas e presidente do colegiado dos corregedores-gerais, disse, no entanto, estar disposto a abrir diálogo com o CNJ para evitar um confronto."
Ora, como pode um Presidente de um Tribunal de Justiça negociar a ilegalidade ou a legalidade de uma resolução do CNJ? Até um beócio sabe que o órgão competente para julgar constitucionalidade do que quer que seja é o STF.
O Rei está nu, e ele preside os órgãos máximos de aplicação da justiça nas esferas estaduais.
E já que os bispos também já fazem greve de fome, vamos recorrer ao banqueiros do jogo do bicho. Pelo menos lá vale o que está escrito.
Pois é, até nas flores pode-se encontrar lagartas...