19 de jun. de 2008

A ética da RB$


Em editorial nesta quinta, 19/06/08, a ZH chama a Governadora à responsabilidade. No título, esclarece: Retomada com ética e eficiência. Isto é, antes não havia eficiência nem ética. Mas, deixemos prá lá, afinal, o editorialista tem um conceito sui generis de ética. Em nenhum momento fala da ética da própria empresa, que sempre esteve ao lado da governadora. Também em nenhum momento fez questão de negar que recebera, ou seus jornalistas, valores para cuidarem da imagem da Yeda & Lair Ferst.
Por isso transcrevo a matéria abaixo. Ela é esclarecedora e merece ficar nos anais da história da CORRUPÇÃO NO RS. E o papel da RBS sai sujo como pau de galinheiro.

Yeda Crusiu$ e a corrupção na mídia

Um lobista do PSDB acusado de integrar a máfia do Detran diz, numa carta escrita à governadora Yeda Crusius, que vários colunistas da mídia comercial foram pagos com dinheiro do esquema ilícito. Há muito que a mídia comercial mantém relações corrompidas com o poder, como prova Bernardo Kucinski no imperdível livro “O jornalismo na era virtual – ensaios sobre o colapso da razão ética”. A análise é de Altamiro Borges.

Altamiro Borges*

O jornalista Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior, encontrou uma pista para explicar o tratamento cordial – e tardio – dispensado pela mídia hegemônica ao escândalo de corrupção no governo tucano de Yeda Crusius. Pesquisando os documentos que o Ministério Público Federal apresentou contra a quadrilha que roubou o Detran, ele descobriu que os líderes desta maracutaia investiram na formação de opinião pública favorável bancando anúncios publicitários nos jornais gaúchos. Um lobista do PSDB acusado de integrar a máfia diz, numa carta à governadora, que vários colunistas da mídia comercial foram pagos com dinheiro do esquema ilícito.

Na página 56 do documento, o Ministério Público é taxativo: “O grupo investia não apenas na imagem de seus integrantes, mas também na própria formação de uma opinião pública favorável aos seus interesses, ou seja, aos projetos que objetivavam desenvolver. A busca de proximidade com jornais estaduais, os aportes financeiros destinados a controlar jornais de interesse regional, freqüentes contratações de agências de publicidade e mesmo a formação de empresas destinadas à publicidade são comportamentos periféricos adotados pela quadrilha para enuviar a opinião pública, dificultar o controle social e lhes conferir aparente imagem de lisura e idoneidade”.

Colunistas ou mercenários?
O documento não revela quais os jornais ou colunistas que prestaram o serviço sujo à máfia do Detran. Diante da gravidade da denúncia, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande Sul enviou pedido à CPI que apura o caso para que sejam nominados os profissionais e veículos, “pois não é justo que toda a categoria seja colocada sob suspeição”. Já os jornais estaduais – a rigor, existem apenas dois, Zero Hora e Correio do Povo – fingiram-se de mortos diante da grave revelação do MPF. Até agora, a imprensa gaúcha simplesmente nem citou o trecho do documento.

Além das referências feitas pelo Ministério Público ao braço midiático da máfia, outro indício do envolvimento de jornalistas aparece numa carta do empresário Lair Ferst à governadora Crusius. Nela, o lobista tucano diz ser vítima de campanha difamatória por parte de integrantes da máfia e cita o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, e José Antonio Fernandes. Segundo confessa, a quadrilha “conta com uma série de colunistas de vários jornais que tem remuneração paga por José Fernandes para plantar notícias”. As investigações da Polícia Federal indicam que Ferst se envolveu numa briga interna no grupo pelo controle da rapina do Detran.

Colapso da ética no jornalismo
O lamentável, como afirma Marco Aurélio, é que a imprensa nada divulgue sobre essas relações promíscuas. “Apesar de todas essas informações, a mídia gaúcha decidiu silenciar sobre o tema. Acusados, de forma generalizada, de ter recebido verba publicitária de integrantes da quadrilha, os jornais do Estado não publicaram uma linha sequer sobre esse assunto espinhoso”. O mesmo tem ocorrido na mídia nacional. Mas o ruidoso silêncio não é de se estranhar. Há muito que a mídia comercial mantém relações corrompidas com o poder, como prova Bernardo Kucinski no imperdível livro “O jornalismo na era virtual – ensaios sobre o colapso da razão ética”.

Ele mostra que sempre existiu no Brasil uma imprensa “marrom”, feita de matérias compradas e de deturpações grosseiras para favorecer grupos econômicos e políticos ou simplesmente para vender mais jornal. Cita Assis Chateaubriand, que ergueu seu império dos Diários Associados com base num jornalismo inescrupuloso. “A corrupção é uma prática sedutora na indústria de comunicação pelo fato de nela se combinar o poder de influenciar politicamente a opinião pública com o poder econômico. Nenhuma outra indústria tem essa característica. É uma prática também comum entre os jornalistas, por sua proximidade no jogo de influência dos poderosos”.

A corrupção institucionalizada
Para ele, porém, a prática da corrupção adquiriu novos e sutis contornos na era do jornalismo on-line e do predomínio da ditadura financeira e da globalização neoliberal. Ela é mais patente no jornalismo econômico, “que estabeleceu relações promíscuas e venais com o capital financeiro. Analistas de bancos e corretores de valores conseguem ganhos extraordinários nas bolsas ou mesas de câmbio por intermédio da disseminação de notícias falsas ou falseadas... Com o colapso da Enron e de outras grandes empresas norte-americanas na primeira crise da economia virtual em 2002, descobriu-se que essas empresas faziam pagamentos volumosos a jornalistas de prestígio pela redação de discursos e relatórios, forma disfarçada de comprar seus favores”.

A chaga da corrupção nos meios de comunicação e até entre os jornalistas, que nunca é abordada pela própria mídia, teria ganhado impulso com o neoliberalismo. “O projeto neoliberal implantou-se no país comprando votos no Congresso e vendendo grandes empresas públicas a consórcios formados por meio de acordos secretos que contaram com recursos dos bancos oficiais e de fundos de pensão, obtidos às vezes com apoio em suborno. O neoliberalismo consagrou a corrupção como padrão de negócios e da política. A própria ideologia neoliberal, fundada no individualismo exacerbado, em sua versão latino-americana, alimentou a corrupção”.

Lembra que na campanha pela reeleição de FHC, “os barões da imprensa se reuniram com ele em Brasília e fecharam totalmente com sua candidatura. Assim, a corrupção nas empresas jornalísticas voltou à dimensão institucionalizada e compartilhada de um grande projeto de classe”. Ele aponta ainda as práticas mais comuns de cooptação de jornalistas usadas por políticos e empresas. Uma delas é o merchandising – a propaganda camuflada em programas de entretenimento. “O exemplo mais notável e mais conhecido foi o da organização de uma falsa ONG, chamada Brasil-2000, pelo presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, para pagar jornalistas que pudessem fazer merchandising das privatizações e, por tabela, da candidatura de FHC”. Como se observa, Yeda Crusius teve um renomado mestre de Sorbonne.

* Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro “Para entender e combater a Alca” (Editora Anita Garibaldi, 2002).

FEBEAPÁ


Acredite se quiser, está na ZH desta quinta, 19/06/08, as palavras textuais de Yeda Rorato Crusius:
"- Pedir casa emprestada é ruim. Foi por isso que comprei a minha. Tenho renda, não dependo de mesada, sou a governadora mais mal paga do país."
Como não posso dizer que uma ex-professora da UFRGS seja analfabeta, só posso concluir que é mal intencionada, para não dizer xRBS*&%$#@ZH! Se essa declaração saísse na Diarréia do Sul, o papel higiênico dos favelados, estes teriam bom argumento para terem uma casa sem pedir emprestado. Ela conseguiu acolherar dois argumentos que beiram a imbecilidade: Tenho renda, não dependo de mesada, sou a governadora mais mal paga do país".
É isso aí uma governadora? Isso a RBS chama de "discurso forte"? Vamo se respeitá!

17 de jun. de 2008

Cons-Piração


Haja o que houver, este com certeza não é um governo inspirado, mas pirado. E governadora pirada quando está constipada, dá pum! Depois de uma Feijóada, então, o cheiro fica insuportável. A indigitada não passa de ventríloquo, ou, se preferirem, de ventilador. Só faz espalhar, como rabo de rinoceronte, mais sujeira, ratificando aquela velha tese do Barão de Itararé: de onde menos espera de lá mesmo é que não sai nada. Pum, tirando o cheiro, nada move, nem supositório Martini. Yeda vê conspiração mas não sente o próprio cheiro nem vê as moscas que a cercam. Então ficamos assim, um governo constipado, com rabo de rinoceronte que, ao invés de espantar, atrai moscas.

15 de jun. de 2008

Casa de Tolerância

Gabinete de Tran$ação

A putaria está em solta, graças à cafetina do Piratini, que fez daquele palácio uma casa de tolerância. Tolerância com corrputos confessos, como César Busatto, e de intelorância com os movimentos sociais. Desde a inauguração é um entra e sai, uma rotatividade de fazer inveja ao Gruta Azul. O principal jornal do Grupo RBS, uma espécie de cla$$ificados onde são anunciados os clientes, mediante pagamento é claro, estão os registros de entrada e saída dos clientes, novos e antigos: Antônio Britto foi fotografado tentando esconder o rosto. No menáge anunciado com pompa e circunstância, denominado Gabinete de Tran$ação, Jair Soares saiu antes de ter penetrado. Traduzindo, foi uma ejaculação precoce. Não nos esqueçamos que Berfran, o Rosado, também saiu antes de vestir a camisinha. Busatto anúnciou carne nova no pedaço, em bifes: a picanha do Banrisul com os sexagenários do Simon, o seletivo, antigos freqüentadores do prostíbulo do DNER & DAER, cujo principal cliente rima com quadrilha. O Detran com o pessoal que já foi da Arena, virou i$$o e aquilo, mas nunca se desgrudaram das tetas, com a famiglia germânica tirando seus pizzu à siciliana. A CEE, e antes o Conceição, foram estuprados ao brinde de um Martini.
A tudo isso, o maior grupo de comunicação do Estado, participa como um simples voyuer onanista. Um editorial generalista, condena a corrupção brasileira, dizendo que os gaúchos não toleram. Nenhuma palavra da RBS condenando Yeda, mas sobrou para "o oportunismo demagógico de agremiações políticas que apelam para a excepcionalidade do impeachment, sem que haja suficientes provas para a adoção de tal medida neste momento". Provas: por enquanto foram 40 milhões roubados, há gravações e documentos apresentados, há demissão de secretários envolvidos, há a tolerância da cafetina, e não há provas!
A Sacanegem em detalhes:
Sabe como a ZH divulga um classificado codificado: "Em avaliação sobre o trabalho da CPI do Detran, apenas 4% dos pesquisados disseram discordar da necessidade da comissão." O convite cifrado, aqui traduzido, é o seguinte: a unanimidade dos gaúchos desejam a prorrogação da CPI do DETRAN. No jargão de bordel, COMI$$ÃO é #@+&%$ZH!

10 de jun. de 2008

Feijó & Yeda: um jeito velho de governar


Um galinheiro guardado por raposas. Este é o clima no Palácio Piratini. Pelos fundos entrou, a pedido da RBS, o ex-governador Antonio Britto. Do subterrâneo da política gaúcha a senhora Crusius ressuscitou Jair Soares e Rospide Neto. São tataravós da política. Outro que não larga o osso, e o Banrisul, é o turco da Salém.
O novo jeito de governar da ex(?)-funcionária da RBS lembra a famosa frase do Príncipe Tancredi, personagem de Il Gattopardo, de Tomaso di Lampedusa: "tutto deve cambiare affinchè niente cambi" (mudar tudo para que tudo continue como está). Afinal, o que vem ser este tal de Gabinete da Crise se crise não existe? A própria Zero Hora, porta-voz do grupo RBS, diz em manchete que não há crise, mas "atrito". São eufemismos para apagar da memória dos gaúchos este escândalo nababesco.
Por que, afinal, foram defenestrados Delson Martini, César aBusatto, Marcelo Cavalcante, coronel Nilton Bueno, Flávio Vaz Netto, Ariosto Culau et caetera se não existe nada?

9 de jun. de 2008

RBS & Corrupção: é o que você vê por aí...


Previsões de Kréu Kuh
Faz sol na Ipiranga com a Érico Veríssimo. A RBS, como o Pangloss de Voltaire, acha este o melhor dos mundos. De olho nos benefícios que sua ex(?)-funcionária, Miss Pantalha, lhe proporciona, vê céu de brigadeiro. Mas lá na Duque, ao lado da Catedral, há um tornado tucano instalado desde primeiro de janeiro de 2007 . Para as próximas horas, recomenda-se à senhora Roraro que não saia de casa sem proteção. Diante da confissão do Secretário da Casa Civil de que a Governadora é partícipe, a RBS deveria chamar de volta pra casa esta tempestade extratropial que ajudou a empurrar na goela dos gaúchos. A lama é tanta que virou uma pocilga. Para Rosane de Oliveria, um canil. Tanto que o DEMO quer tirar o sofá, digo Feijó, da sala. Isto não é prostituição, é sevícia, é crime inafiançável. Paredón!

O Canil vira Pocilga
A herdeira do Barroviejo, a senhora Oliveira, errou o sexo e viu um "Dia de Cão" no Piratini. Já a Cruela, diretamente do canil, teve o desplante de alegar que estão jogando no colo (as denúncias do Vice) um filho que não é dela. Claro, agora ela está com a placenta. Mas não não esqueçamos que o PSDB esteve ao lado de Antonio Britto, e o vice-governador de Germano Rigotto era do PSDB. O PSDB está ao lado de José Fogaça, que lhe emprestou César Busatto, que foi no Palacinho fazer uma vi$ita a Feijó. Portanto, é um filho com muitos pais, fruto de uma relação promíscua da inquilina do canil. Porque, afinal, é da sua natureza. Basta para provar que todos seus 40 ladrões denunciados a tem como líder da matilha.
As conversas gravadas do vice-governador com César Busatto, chefe da Casa Civil trazem a público como funcionam os caça níqueis do PSDB, PPS, PP, DEM E PMDB. Que por acaso estão sempre perfilados aqui no RS ao lado da RBS. Não é nenhuma coincidência que os Britto, Yeda e Fogaça seja ex-funcionários da RBS. O DETRAN é do PP, o Banrisul do PMDB do canastrão Pedro Simon. O DNER, como DAER, é do Padilha, que, desde sempre, rima com quadrilha. Tá lá o corpo estendido no chão. E só a RBS não vê!

8 de jun. de 2008

Reportagem Especial


Onde está o dinheiro? R$ 2,5 milhões desviados do DETRAN tiveram um destino que não interessa aos veículos da RBS. Será por que entraram na conta de alguns colonistas da RBS?. Isso não diz tudo, mas explica o comportamento displicente, para não dizer cúmplice, do "Grupo" em que trabalham Lasier Martins & Pedro Parente... Tudo fica mais claro quando o indigitado poodle do Jornal do Almoço, Lasier Martins, sai em defesa de Lair Ferst, o PC da Yeda, com um diagnóstico de primeiro da cla$$e: "uma inteligência superior". Em algumas rodas sociais, corrupto deve ser chamado à responsabilidade, noutras, é considerado uma "inteligência superior". Taí, roubar para se alimentar é coisa de mal dotado, roubar do poder público em conluio com a ex-funcionária da RBS, só pode ser resultado de uma inteligência acima da média. Superior! Mas há uma coincidência (coincidência?) nesses recentes casos de corrupção: Antonio Britto, José Fogaça, Sérgio Zambiasi e Yeda Crusius foram ou são funcionários da RBS. A pergunta que não quer calar: o que afinal eles aprendem na RBS? Não posso afirmar que a RBS é uma escola de ladrões, mas posso deduzir com toda a certeza que todos eles recebem um tratamento no mínimo condescendente do Grupo RBS.
Eu posso entender que César Busatto & Yeda Rorato Crusius quisessem comprar o vice-governador, mas não engulo que a RBS também seja comprada. Li todos os editorias da RBS desde que a Polícia Federal desmontou o duto que os aliados da RBS instalaram nas burras do RS. Não encontrei nenhuma reprovação aos aliados da RBS. São generalidades, próprias de cúmplices. Não há uma só palavra que aponte a principal beneficiária do esquema, Yeda Rorato Crusius, pela RBS. Para Lasier Martins, Lair Ferst é "inteligência superior".