31 de mai. de 2004

Com a pistola nas mãos

Deu no "Times", o Diário Oficial dos Estates: Bush vive com a pistola do Saddam nas mãos. Fixação é fixação. Enquanto Bill Clinton gostava de molhar (só molhar?!) o charuto nas coxas da Monica Lewinsky, Bush gosta de ter a pistola, que estava com Saddam Hussein quando este foi preso pelas forças invasoras, fumegante por perto.
Freud explica, mas, antes, dou minha opinião: a invasão do Iraque, além do botim das obras que remontam aos Sumérios, Bush também queria dar uma de Saddam Hussein. Até agora o "comedor de bacon" só provou a semelhança entre ambas. A vantagem, até agora, é que, de uma vez por todas, o povo americano se mostrou mais covarde que o iraquiano. Bundões!

François Chesnais, n'est pas?!

O professor da da Universidade Paris XIII, François Chesnais, deu entrevista à Folha de São Paulo (31/05/2004) proclamando que o Brasil, diante do tamanho da crise atual, teria, como única saída, uma ruptura à cubana. Reconhece as excelências operadas em Cuba a partir da Revolução anos 60 e entende que temos mais condições em virtude da diversificação industrial e nível atual de democracia.
Chesnais, que bobo não é, não se deu conta que o único barbudo atual não é muito chegado em democracia. Já mandou muito amigos para o "paredón". Considerando ainda a forma como "ocupou" os cargos e distribuiu favores, estaríamos mais para um modelo soviético, de burocracia sufocante do que para um estado preocupado com o bem-estar dos menos favorecidos.
A única vantagem de um estado "a la cuba", conduzido por Lula, é que nossos Gulags e Sibérias seriam Fernando de Noronha, Ilha de Santa Catarina e Ilha Grande. Convenhamos, ainda é melhor do que a Ilha da Fantasia do nosso estafeta de banqueiro.

28 de mai. de 2004

Bengala de deficiente mental

Os petistas desvairados, como hienas lambuzadas nos cargos em comissão, vem em matilha para cima de mim apontando o crescimento das exportações. Anunciam como se fosse o Oráculo de Delfos que vêm aí salvação do Brasil. É o shopping chinês dos camelôs petistas. Os antolhos não lhes permitem ver as verdadeiras causas de uma grande exportação, dentre outras:
1) resultado de uma política a longo prazo, como a modernização da agricultura brasileira, que ainda não tem nada a ver com a política do petismo desvairado. (O Furlan, é da Sadia, não do PT!);
2) a defasagem da moeda brasileira diante das demais, de modo que o custo da mão de obra aqui é bem inferior até do que na China;
3) com tanta gente passando fome aqui dentro, porque é vantagem exportar comida?
Enquanto isso Lula vira o anão besuntado do sistema financeiro nacional e internacional.

O Preço

Antes que o cante cante três vezes, alguém irá me trair. Se não for com um beijo, certamente será com mais uma taxação. Esta é a sensação cada vez que Lula e seus Apóstolos se reúnem, o Judas Genuíno dá o preço. Político expulso da política por seus eleitores, um genuíno Judas, o Presidente do PT ostenta mais poder que toda a bancada eleita. É a camisa de força da burocracia.
No mercado em que se negocia o novo mínimo, o Governo, sob a baturta do Judas, está disposto em despender com a bancada do PMDB mais do que poderia gastar se elevasse o mínimo.
A cada dia o PT fica um pouco mais PFL, e, pela cara do Onyx Lorenzoni, o PFL vai recolhendo as velhas bandeiras do PT. No fundo, são farinha do mesmo saco. Qual a diferença entre Jorge Borhausen e Lula: a "íngua plesa", pois o palavrório desenxabido é o mesmo.
Nada mais PFL do que um petista no poder!
Nunca pensei que Lula e os petistas se vendessem por tão pouco. Mas, como diz o ditado, quem se vende recebe mais do que vale!

27 de mai. de 2004

Ainda Rohter e os antigos pecados do "N.Y. Times"

NOVA YORK (EUA) - Um leitor amigo pergunta por que o "New York Times", em vez de punir a leviandade do correspondente Larry Rohter, optou por defendê-lo contra as críticas que recebeu no Brasil. Afinal, o jornal tinha tomado providências exemplares nos casos de Jayson Blair e Rick Bragg - e mais tarde só restou a Howard Raines, editor-executivo, e seu lugar-tenente (editor-gerente), Gerald Boyd, a opção da renúncia.

Mas a trapalhada Blair-Bragg-Raines-Boyd é diferente da lambança de Rohter. Blair, protegido de Raines (tinha ligação com uma parente deste), foi apanhado em flagrante de plágio (na verdade, um amontoado de plágios). Sequer viajava ao local que devia cobrir. Bragg apropriava-se do trabalho de um bagrinho, cujo nome nem recebia crédito como colaborador. E como absolver a dupla de cima, que tinha acobertado tudo?

O pecado de Rohter é outro: faz o que a cúpula quer e isso rende promoção e não demissão. No campo da política externa o "Times" é drástico: repórter que entra em rota de colisão com a linha oficial de Washington, dança. Dançaram Sidney Gruson (1954), Tad Szulc (1961) e David Halberstam (meados dos anos 60) por dizerem verdades incômodas, que irritaram a central de inteligência (CIA) e o governo.

Os bons exemplos esquecidos
Não quero dizer com isso que esses três e outros foram sumariamente demitidos. Gruson cobria a Guatemala às vésperas da invasão planejada pela CIA. A agência de espionagem disse à direção do "Times" que ele era comunista. O "Times" o chamou de volta antes de se consumar a invasão. Talvez desencantado com tal tipo de jornalismo, Gruson optou depois pela área da publicidade, onde se deu bem.

Szulc estava por acaso em Miami e descobriu ali a trama da CIA para invadir Cuba em 1961. Escreveu reportagens que o "Times" minimizou para atender a um pedido pessoal do presidente John Kennedy ao diretor de redação do jornal em Nova York. Tempos depois, Kennedy afirmou: "Se o jornal tivesse cumprido sua missão de informar, em vez de me atender, pouparia esse desastre à nossa política externa".

Szulc ainda ficou algum tempo, depois pediu o boné. Tornou-se autor de livros. Halberstam foi chamado de volta do Vietnã por ser acusado em Washington, com outros correspondentes, de fazer oposição à guerra. Ousava dizer que a situação era desastrosa. Pura verdade. Pagou um preço. Chamado de volta, apesar de um Pulitzer, desencantou-se e aderiu a livros, inclusive o notável "The best and the brightest".

Não são os únicos casos. Existem outros. Seymour Hersh, também ganhador do Pulitzer, devassou o massacre de My Lai. Em 1978 ele me disse, em entrevista na redação do "Times", que tinha o arquivo cheio de coisas que não podia publicar. Saiu depois do jornal e publicou uns 10 livros - inclusive um sobre Henry Kissinger e seu papel no golpe do Chile, onde estava parte do que o "Times" não admitia publicar.

Aquele passado que condena
Rohter, ao contrário, faz o jogo dos donos do poder. Se um Otto Reich qualquer, à frente da política latino-americana, prepara o golpe contra a Venezuela, Rohter está à mão para produzir um perfil calhorda exaltando o golpista Pedro Carmona como "democrata" e "respeitado líder empresarial", e o presidente Hugo Chávez, eleito por maioria esmagadora, como "demagogo pernicioso" com vocação de ditador.

"True believer", ele acredita no governo e no "Times", que tinha o colombiano Juan Forero no local, a servir ao golpe. O perfil de Carmona é cínico porque Rohter o conhecia de muitos carnavais. Um empresário que visitou esse vigarista venezuelano contou-me que seu escritório era a central do golpe, sem disfarce. Inescrupuloso, relatava os planos a quem tivesse saco para ouvi-lo. Só o repórter não sabia?

Rohter também esteve na Colômbia, onde jamais pôs em dúvida a aliança dos EUA com a linha dura militar. Sequer conseguiu saber ali que a mulher do coronel James Hiett, que comandava as operações militares americanas em apoio à guerra contra os rebeldes esquerdistas, usava a mala diplomática da embaixada para enviar pacotes de cocaína a um certo endereço de traficante no Brooklyn de Nova York.

A visão seletiva do correspondente
Rohter não vê a realidade inconveniente, só enxerga o que interessa, por exemplo, a um John Bolton - subsecretário de Estado para controle de armas, o mesmo que derrubou o brasileiro José Busttani da OPAQ e hoje sonha desmoralizar Lula (o "Times" não disse que bebe demais?) e acusá-lo de produzir armas nucleares no Brasil (não foi o que também escreveu Rohter em janeiro?).

O jornalista que chamou de "democrata" o aventureiro Carmona, sem votos mas com apoio em Washington, também se encanta no Brasil com o sem-votos José Serra e o PSDB, partido do estelionato eleitoral de 1998. Mas desconfia de Lula, eleito com 60% dos votos, e o retrata no "Times" como um bêbado com o dedo no botão nuclear, para fazer nos EUA o que este país fez em Hiroshima e Nagasaki.

O desvio de Rohter tem sido explicado nos EUA. Segundo escreveu Cynthia Cotts (em agosto de 2002, no "Village Voice"), ele nunca questionou a linha dos EUA na Colômbia, nem depois que o "Dallas Morning News" revelou que o Plan Colombia usava as firmas DynCorp e Military Professional Resources - fornecedoras de mercenários, conforme confirmou outro jornal, o "Financial Times". Só Rohter não vê?
ARGEMIRO FERREIRA, TRIBU
NA DA IMPRENSA, 27/05/2004

Silêncios e cobranças

Os brasileiros defensores dos direitos humanos e dos direitos civis devem muito a Jimmy Carter, que, na Presidência dos Estados Unidos, não poupou meios diplomáticos de pressão contra as barbaridades da ditadura militar no Brasil. Tornou-se odiado pelos comandos do regime, e particularmente por Geisel, então no poder. Mas, quando lhe pareceu necessária a ação mais explícita, Carter não falou nem agiu pessoalmente. Mandou ao Brasil sua mulher, Rosalyn, que remediou a situação dos religiosos católicos sob crescente ferocidade dos militares e seus agentes civis (entre eles, alguns que hoje posam de democratas e íntegros no Congresso).
Para todos os efeitos práticos, Rosalyn Carter representava o presidente Carter. Mas não representava o Estado norte-americano. O inteligente truque dos Carter mostra que não é simples, nem mesmo quando se trata de uma superpotência em relação a um país secundário, a ingerência do representante maior de um Estado em assunto interno de outro Estado.
Os pronunciamentos que muitos têm cobrado de Lula, nas visitas a Cuba e à China, não se comparam ao caso de Carter com o Brasil. Mas a essência é muito semelhante, pela necessidade de um e outro considerarem, nas circunstâncias e acima de tudo, os interesses dos seus respectivos Estados.
Seja o que for que Lula pense dos direitos civis e dos direitos humanos em Cuba e na China, e não faço idéia do que pense, importante é que balize sua atitude pelos interesses brasileiros legítimos. O que não impede, forçosamente, cobranças por pronunciamentos políticos nos países visitados, mas desde que tais cobranças indiquem fundamentação que vá além da satisfação com algumas palavras sem mais efeito do que a retórica. De retórica que não chega aos atos e manifestações que não ultrapassam a própria festividade, no Brasil mesmo já temos para todos os gostos.
No caso da China, não há fundamentação para a cobrança. Tratou-se, apenas, de ir, aceitando as realidades chinesas em nome de conveniências comerciais e de política internacional, ou não ir por não as aceitar. Ir para criar um caso seria estúpido, nada mais.
Se não for assim, pelo menos não esqueçamos que Fernando Henrique Cardoso foi a Cuba, e os cobradores de Lula não lhe fizeram as mesmas cobranças. Fernando Henrique Cardoso foi à China, em viagem sobretudo de turismo oficial, e não de negócios como a atual, mas os cobradores de Lula não lhe fizeram as mesmas cobranças. E o pior: Fernando Henrique Cardoso fez questão de ir à posse do reeleito Fujimori, que fechara o Congresso no decorrer do primeiro mandato, instaurara a censura e prendera seus principais opositores políticos -e lá Fernando Henrique Cardoso definiu-o publicamente como "um grande democrata". Mas os cobradores de Lula nada lhe cobraram então ou depois sobre o hoje fugitivo Fujimori.
O tratamento equânime é uma forma de respeitar e aplicar os direitos civis e os direitos humanos.

Janio de Freitas, Folha de São Paulo, 27/05/2004

26 de mai. de 2004

Culpa in eligendo

Os amigos do José Dirceu revelam-se amigos de recursos públicos. Primeiro o Waldomiro Diniz, agora Swedenberger Barbosa. Também o Lula não tem tido sorte com seus amigos mais íntimos. Toda hora aparece uma denúncia no jornal envolvendo seus comensais. O currupto da ora é Mauro Dutra, da Ágora, que acinte para os gregos! Com ele Lula dá voltas, seja em Búzios ou no Pantanal... Seria mera coincidência que exatamente os dois principais mandatários não sabem escolher amigos, escolham-se ambos como amigos?!
Das duas uma: ou não sabem escolher amigos, sou são corruptos também. Sobra, de qualquer forma, a figura do direito penal: culpa in eligendo. As relações de Lula e José Dirceu, entre si e com seus amigos, é regulada pelo Código Civil (culpa in eligendo), mas os resultados pulam logo para o Código Penal (art. 171).
Perguntar não ofende: - Quem não sabe escolher amigos pode nos dizer o que é bom para toda uma nação?

25 de mai. de 2004

Errare humanum, perseverare diabolicum

O título não é nenhuma epígrafe a respeito do "jeito petista" deslubrado quando desempenha o papel de lacaio na economia de mercado. Trata-se de artigo publicado pelo mais importante jornal francês, o Le Monde, escrito pela jornalista Dominique Dhombres a respeito do modo bushista de governar o mundo. Ambos, Bush e Lula, são coerentes:
- Uma vez iniciada a idiotice, como Jarbas Passarinho, mandam ao diabo os escrúpulos; vão até o fim.
Lá como cá, entramos todos no mesmo balaio, como coniventes com o mesmo tipo de atitude. Perseverando no diabólico "modus operandi".

justo meio

"No elogio e na censura, evitai todo excesso..." - Rebento de Tadeu.
Se aceitamos que governar é assim mesmo, que não dava pra ser muito diferente de tudo que já vimos na última década, afinal de contas, não estaremos perdoando fácil demais? Sem exceder-me, serei eufimístico ao rememorar todos os sonhos que depositei desde os treze anos de idade pra dizer: - Lula, mas que merda!

O Inocêncio até pode ser inocente

... mas eu não. Quando o modelo de pefelista, Inocêncio Oliveira, multi-indicado pelas mais variadas participações em desvio de recursos públicos, elogia o programa Universidade para Todos do Tarso Genro, definitivamente não estamos no mesmo lado. O PT virou o que o PFL sempre almejava mas o PT não permitia. Agora, os extremos se tocam, e são os únicos a terem prazer.
Ninguém me contou. Tudo isso eu ouvi na insuspeita Voz do Brasil, nesta terça chuvosa (25/05/204), quando retornava ao lar.

Economia de Shopping

Segundo a Folha de São Paulo (25/05/04), Lula definiu a China como "uma espécie de shopping de oportunidades". Talvez seja o retrato mais perfeito do que virou a política econômica petista.
Quem tem dinheiro, vai ao Shopping, abastece. Quem não tem, Lula possibilita empréstimos com juros astronômicos. Faz dos empréstimos consignados em folha de pagamento a principal política salarial do funcionalismo público. E diz com a maior naturalidade como se empréstimo não se precisasse pagar. E os que estão de fora do Shopping petista?
Para estes Lula e os petistas amestrados instalam um telão pelo lado de fora. O telão se chama Fome Zero. Serve apenas para ver. Mas está aí, ninguém pode negar, no telão.
O economicismo fiscalista do PT não permite ver além das fantasias mercantilistas criadas em estúdios de merchandising. Tudo é visto pelo viés econômico. Eis aí porque Lula e seus 30 petistas vêem nos aposentados as saúvas do Brasil. Mas Lula e seus acólitos, como saúvas, os males do Brasil são!

Tortura

A história é longa. A da tortura parece tão longa quanto a história da humanidade. Utilizada ou justificada como meio eficaz de se obter informações, tem sido deslegitimada pelos mais inteligente. De fato, os mais inteligentes obtém informação pela sua competência, não pelo medo de quem a detém.
A história dos EUA também se confunde com o método. Tudo o que é negado hoje, o cinema se encarrega de revelar depois. Não há país que os EUA tenham entrado sem que antes tenham mandado embaixadas de torturadores. A América Latina foi laboratório mas, principalmente, veio a adotar os métodos aperfeiçoados lá por riba. É famosa a Escola de Tortura onde muitos militares brasileiros foram treinados.
O que aconteceu no Vietnã foi fichinha diante do que fizeram no Afeganistão e no Iraque.
Os EUA institucionalizaram a tortura! Não têm nenhuma autoridade para cobrar humanismo sequer de Hitler.

24 de mai. de 2004

o sofá da sala

pois é...acabo de ver a decisão ianque de derrubar o presídio onde torturaram impiedosamente iraquianos. os vestais da democracia parecem agora comportar-se como o português que, ao encontrar a mulher traindo-o na sala, mandou vender o sofá. é dose! não dá mais pra aguentar tanta opressão misturada com tanta hipocrisia. a nós, meros quitandeiros, se já não nos é dada nem a chance de jogar fora umas frutas podres, pelo menos lulas não enguliremos mais!

22 de mai. de 2004

Brasil monitorado

Acabo de receber um e-mail com estas informações:
Mídia monitorada
Em entrevista à revista "Carta Capital", Carlos Costa, ex-chefe do FBI no Brasil, revelou que a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil tem como um dos objetivos no país manipular a imprensa brasileira. Segundo ele, o primeiro contato é com jornalistas que tenham uma visão pró-EUA para que eles sejam convidados para ir aos Estados Unidos com todas as despesas pagas.
Costa disse que a primeira atividade na Embaixada é analisar o que a mídia fala a respeito dos Estados Unidos. O segundo passo é como influenciar para mudar o pensamento contrário "aos nossos interesses". A tática é usar os meios de comunicação de muita criatividade para virar a opinião público a favor das teses estadunidenses. Ele disse que muitas vezes é preciso comprar a imprensa para realizar a tarefa
..—.CartaCapital, maio de 2004.

Método Delfim empolga Lula

O Brasil desce ao fundo do poço. Quem o levou lá? Lula diz que foi FHC, o que deixa implícito o reconhecimento de que, de fato, estamos no fundo do poço. Mais explícito, contudo, é a continuidade do economicismo, do fiscalismo sobre a agenda social. Não se trata apenas de incongruência de um governo destrambelhado, mas coerente quando se trata de facilitar a vida de quem já tem o suficiente para usufruí-la. Veja-se o lucro dos bancos que, mês a mês, se superam.
Tudo isso, que é tanto, é pouco se observados os métodos utilizados para nos convencer do excepcionalidade do momento. Ora, se você desce uma escada de 100 degraus, o primeiro degrau de retorno já é uma melhora. Até aí, estamos conversados, mas a coisa é dita de tal forma como se os demais 99 degraus descidos não significassem nada. Para retornar ao status quo anterior, faltam 99 degraus. Isto é, há um longo caminho de volta para se chegar a estaca zero.
Ao mostrar os jornais que dizem que a economia está crescendo, Lula nada mais faz que utilizar o método Delfim, dizer meias verdades para esconder grandes sacanagens. A economia cresceu em abril, diz. Falta, contudo, crescer para recuperar a quebradeira dos anos anteriores, e também para dar emprego aos que estão entrando no mercado de trabalho agora.

Perguntar não ofende

O glorioso exército brasileiro lutou na Itália, na Segunda Guerra Mundial. Depois, lutou contra os brasileiros aqui dentro. Toda a experiência de lá foi aplicada aqui, acrescida da tecnologia importada dos campos de treinamento americano. A partir de 1º de abril de 1964, o glorioso exército nacional dedicou-se a expurgar os "corpos estranhos" do território nacional. Digo corpos, pois alguns continuam enterrados em lugar incerto mas sabido. A experiência adquirida na construção da Transamazônica capacitou o exército a partir de forças de reconstrução em países em Guerra. Seja em Angola, Timor Leste e agora no Haiti.
Parece que o glorioso exército nacional só não está capacitado para a reconstrução nacional, embora tenha experiência em fornecer armas específicas a traficantes. Pode patrulhar ruas em Timor, e seus médicos darem assistência à população civil. Pode construir estradas e dar segurança à população do Haiti. Só não podem cumprir os mesmos papéis aqui dentro de casa.
Há algo de podre nesta história, e não são os corpos do Araguaia.

21 de mai. de 2004

Coisas para se pensar

A Petrobras alardeia sua capacidade produtiva que coloca o Brasil como auto-suficiente. Das duas uma: ou tudo não passa da velha lorota que, como nos tempos dos militares, diante de alguma crise anuncia-se a descoberta de mais um lençol ou fronha na bacia de Campos, ou atrela-se ao dólar por puro sadismo.

Uma tacha na taxação!

Tudo se resolve com mais um imposto, contribuição, compulsório, taxa. Até o Lula caiu nessa. E para variar, a covardia de sempre, na fonte, sobre o trabalho assalariado. Onde estão os impostos sobre as grandes fortunas?
Agora foi divulgado que o Brasil deverá pagar R$ 326,4 bilhões nos próximos meses. Por que o governo não institui um imposto sobre estes valores remetidos ao exterior? Um por cento desta dívida significa R$ 329,67 bilhões que circularão na economia, gerando emprego, renda, saúde, bem-estar aqui mesmo.
Não falta de vontade. É ignorância ou incompetência, falta de hombridade, subserviência própria de invertebrados.
E dele churrasco para comemorar, tudo e qualquer coisa. Então por que não uma taxação sobre churrascos na granja do (Presidente) Torto?!

20 de mai. de 2004

Sweet Movie - o DVD

Um afrodisíaco vencido. Este talvez fosse a epígrafe mais adequada para este filme da Movie Star. É o típico filme metido a Cult que ninguém curt(e). Um co-produção França, Alemanha e Canada, dirijida pelo iuguslavo Dusan Makavejev e estrelada pelas atrizes Carole Laure e Anna Prucnal. Alguns diretores atuais aproveitaram algumas idéias. Explicitamente David Byrne (True Stories) e, implicitamente, Marco Ferreri (A comilança).
Cheio de significados, ou pretendente a tal, desagrada a políticos de esquerda e direita, quando esta diferença fazia sentido na vida política.(A diferença existe e faz sentido, embora muitos se candidatem, poucos são os que praticam.) Faz a crítida de toda forma de censura, pelos exageros; uma mistura que, em termos locais, talvez a Terreira da Tribo, do grupo Ói Nóiz
Aqui Traveiz
seria capaz de encenar.
Ao fim, a mensagem é de otimismo, e nem tudo o que parecia perdido de fato está.
Naquele tempo (1974), ainda não havia George Bush pai e filho, Ariel Sharon, Lula e Pinochet.

Síndrome de Jerusalém

"As pessoas vão para Jerusalém, inalam o maravilhoso ar transparente da montanha e, em seguida, repentinamente, inflamam-se e põem fogo numa mesquita, numa igreja ou numa sinagoga." Armos Oz

Leia o texto integral: Um Grito Contra o Fanatismo

19 de mai. de 2004

Larry Rohter & Lula

É possível que Larry Rohter seja tudo isso que está dito abaixo e muito mais. O que não dá para entender é o Governo Lula ter entrado de quatro numa história dessas.
Bastaria ter consultado esta tal Célia e o problema estaria resolvido. Larry pode ser safado, mas a tropilha de muares do governo entrou nessa porque "é de sua natureza". Com um governo como o de Lula não se precisa de Larrys para saber quem anda embrigado de/pelo poder.

Larry Rohter, por Célia Ladeira

Dizem que este artigo é de autoria da professora de jornalismo Célia Ladeira. Não há conheço. Reproduzo apenas, como fez o LarrY Rohter com as faíscas do Diogo Mainardi e do Claudio Humberto. Deve ser uma das assessoras de comunicação do Lula ou do PT.
"Os segredos de Larry Rohter - Eu não digo nada que não pode ser provado por qualquer bom jornalista, do Brasil ou de fora dele. Basta um pouco de paciência e vão ver que é tudo absoluta verdade. Passo esta mensagem porque gosto muito de jornalismo e de jornalistas, mas o Larry Rohter tem mostrado que não é um colega de verdade, e que tem uma outra vida, muito sombrosa, que não tem nada a ver com nossa missão informativa. Conheci essa pessoa há muitos anos e convivo com pessoas que conhecem ele muito bem. Portanto, eu não estou dizendo muita coisa nova, mas dizendo coisas que poucas pessoas estão hoje sabendo.
1) Larry não é só jornalista, mas um tipo de agente civil, bem pago, que faz coisas que CIA e FBI não podem fazer. Ele tem trabalhado em toda latin-america, sempre com um caderninho de missões debaixo do braço. Quem conhece o Arquivo 33, do US State Department, Bureau of International Information Programs sabe do que eu estou falando. Pesquisem isso e vão descobrir muitas coisas sobre esses misseis teleguiados.
2) Eu pergunto: o que Larry Rohter foi fazer cinco vezes no US State Department of State nos últimos anos? Média de uma visita a cada ano, e sem contar os almoços com gente estranha dos serviços secretos.
3) O jornalismo-estado americano tem usado Larry para varios serviços. Basta pesquisar e ver que ele foi a pessoa que fez a reportagem para desacreditar a prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchu, da Guatemala. Como fez com president Lula, Larry ridicularizou ela, fazendo a líder dos pobres passar por mentirosa. Isso está na imprensa e todos sabem que métodos Larry usou nesta reportagem.
4) Larry sempre foi instruído a trabalhar no setor da Amazônia. No artigo de junho de 2002, ele diz que os "brasileiros são ensinados desde o nascimento que a Amazonia é deles, mas seu governo não tem sido capaz de exercer efetiva soberania sobre a região". Isso está em Deep in Brazil, a Flight of Paranoid Fancy.
5) Em outro artigo, Larry arranjou jeito de dizer que a carne brasileira exportada saía da Amazônia, produzida por trabalho escravo. O governo brasileiro, ainda de Henrique Cardoso, reclamou na época. Isso prejudicou muito o Brasil no Exterior.
6)Na Venezuela, Larry foi várias vezes, sempre fazendo artigos muito negativos contra o presidente Chavez. Ele foi uma ponte entre gente do golpe e centrais de inteligencia americana. O dedo de Larry no atentado foi bastante comentado por David Smilde, da University of Chicago. Varios colegas de Venezuela reclamaram dos artigos mentirosos de Larry, que conseguiram ajudar a desestabilizar o país.
7)Procurem saber quem é Mark Rasch, um cyber policial americano que foi proibido investigar ações de Larry Rohter. Por que será?
8)Larry Rohter é amigo de Claudio Humberto, ex assessor de Collor de Mello. Trocam muitos favores. É fácil comprovar.
9)Larry esteve envolvido até pescoço com a montagem do cenário para justificar o plano Colombia. Todo mundo sabe da relação entre U.S. troops e os paramilitares que mataram civis naquele país. A anistia internacional tem indicios de que as forças especiais tiveram participação em casos com a carnificina de Mapiripan, em 1997. Larry silenciou. Mas depois contou direito a historia de El Salado. Foi de encomenda. Foi publicada um dia depois de Clinton assinar o acordo de "ajuda" pra Colombia. Larry tem por missão mostrar que esses países são ingovernáveis e, portanto, necessitam de "another formula".
10)Suas matérias tentam mostrar que o Brasil é contra a inspeção de centrais nucleares. Também é para assustar, como na matéria que ele fala que o Brasil está construindo submarinos nucleares, além de dar destaque enorme ao ex-ministro Amaral, como se fosse um perigoso explodidor de mundos.
11) Eu pergunto: em julho, Larry riu ao dizer que a base de Alcantara iria pelos ares. Falou como se previsse algo. Alguém poderia investigar suas relações, encontros com Charles E. Wilhelm (rdo - estratégia). Esse envolvimento me dá arrepios de pensar.
12) Larry Rohter bebe, possivelmente bem mais que Lula.
13) Em uma de suas viagens para Amazônia, contou para vários amigos depois a história de que dormiu duas noites com duas meninas índias. Isso me deu nojo. Era motivo para expulsar ele do Brasil.
14)Pergunto: por que Larry Rohter se encontrou 3 vezes com o político Jose Serra nas ultimas semanas?
15)Concordo com Cynthia Cotts em seu artigo Snow-Blind on 43rd Street.
16)Esse cara não presta e não é jornalista de verdade.

Muito obrigado. Espero ter ajudado o Brasil."

17 de mai. de 2004

Ficha Corrida

Desde a origem, no www.hpg.com.br, quando ainda era gratuito, minha intenção era dar meus petelecos a respeito dos assuntos que rolam na política gaúcha, particularmente Porto Alegre, e também,por que não, na política nacional. Sempre condimentadas com uma pitada de história e cultura geral.