10 de ago. de 2009

Cobertura

É isso a imprensa - Primo do Levi

A distância que mantemos da RBS é inversamente proporcional ao conhecimento que temos dela, de suas operárias atuais e das anteriores.
Magistral, Eugênio! Com um alicerce construído no lodo do PSDB e uma cobertura Brasilit de amianto da RB$, pode não cair a casa mas o cheiro...

Universidade da Corrupção

Um pitbull com focinheira

O Mundo É Um Moinho
Composição: Cartola
Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés


Não encontrei canção mais apropriada para homenagear a relação das famiglias Sirotskys & Crusius. Este belíssimo resumo das relações RBS & Yeda é obra profética de Agenor de Oliveira, mais conhecido por Cartola, feita em 1976. Mas foi Cazuza quem, anos depois, popularizou. Traduz a preocupação de um pai que vê sua filha se prostituindo, no caso seria a filha do próprio Cartola.
A famiglia Sirosty já tirou muito coelhos e coelhas da cartola, mas nenhum editorial ainda descreveu tão bem o que as peripécias da filha ideológica da RBS. Derramei lágrimas quando, depois de terem declarado guerra ao governo petista do bancário Olívio Dutra, clamavam pela pacificação do Rio Grande. Foi incontida a felicidade do Grupo RBS ao assumir Germano Rigotto: até que enfim o Rio Grande poderia trabalhar em paz, sem briga. Note-se, briga se dá quando outro, um bárbaro, assume o Piratini. Quando os ex-funcionários ocupam as chaves do cofre do RS, como nos governos de Antonio Britto & Yeda, a RBS é ávida por todos os lados.
O comportamento de Lasier Martins, aquele que definiu Lair Ferst como sendo de "inteligência superior", traduz com mais fidelidade as vinculações do Grupo RBS: contra o PT é um pitbull, mas em se falando do PSDB/PMDB/PP/PPS, partido da base aliada da RBS, é um luluzinho da Pomerânia. É fato que os Pitbulls, por mais acostumados que estejam com o ambiente familiar, podem, a qualquer momento atacar alguém da própria famiglia. Outro dia, bastou Dilma passar pelo portão para o medonho morder o calcanhar do Sarney, que desavisadamente apreciava junto de seu colega as retransmissões da Globo. Como diria a fábula, é da natureza do medonho. Exatamente porque a inteligência não acompanha a ferocidade, faz vistas grossas para "la loca" que, pelos fundos, esvazia a despensa do RS.
A ZH desta segunda-feira é um primor da lavra da RBS: "Piratini atingido". Pensei, o temporal destruiu o pequeno município de Piratini. Vi que era engano quando li o recado daRBS à Juíza Federal de Santa Maria, Simone Barbisan Fortes: "Defesa sustentará que MPF não tinha poder de incluir Yeda na ação". Para uma manchete tão longa poderia ainda ter acrescentado no final, antes da assinatura, "Nestes termos, a RBS pede deferimento".
Defesa de Improbidade
Yeda que já tinha um advogado especialista em "facilidades nos tribunais superiores", por acaso irmão do Geraldo Alckmin, indicado pelo PSDB de José Serra, para trazer aquele conforto na hora difícil, agora a gazeta informa que Yeda terá mais um advogado, que já trabalhou no governo, por acaso no DETRAN, chamado Fábio Medina Osório, "que é um dos principais nomes na defesa de casos de improbidade administrativa do Estado". Para quem não deve nem teme, para que tantos especialistas? Para quem acompanha a RBS, fica se perguntando como um estado tão exemplar como o RS tem até "especialista na defesa de casos de improbidade administrativa"!! Esta talvez tenha sido, até agora, a melhor contratação do Governo Yeda. Afinal, fizesse ele "condenação da prática de improbidade administrativa" não serviria para defendê-la, não é mesmo?!

Como bem diz o editorial de Zero Hora desta segunda, 10/08/2009, "Os gaúchos querem toda a verdade", inclusive as provas a respeito da acusação de página 56. Eu também gostaria de saber se aquilo que se imputa à governadora ela aprendeu somente na RBS, ou parte dos conhecimentos ela adquiriu na convivência partidária, no PSDB, essa Universidade da Corrupção?

Nada como o tempo. Por mais esforço que se faça, mais cedo ou mais tarde, de tanto chocar, do ovo da serpente se abre. E aí, quando notar, já estará na beira do abismo cavado com os próprios pés.

29 de jul. de 2009

Duas histórias, uma verdade


Ao lado do caixão da Yeda tem vários brigadianos comandado pelo Coronel Mendes.
Nisso aparece uma velhinha com uma sacola e começa a por dentro do caixão umas cenouras, tomates, alfaces enquanto os brigadianos olham para Ela surpresos.
Enquanto a velha continua a colocar alimentos no caixão, o Cel. Mendes pergunta para ela:
- Senhora, por favor, o que está...fazendo?
A velha, enquanto continua a colocar a comida, responde:
- O que você quer, meu filho, que os coitados dos vermes comam somente merda?

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OS CARIOCAS

* Tom Jobin era carioca
* Vinícius de Morais era carioca
* Chico Buarque é carioca
* Noel Rosa era carioca
* Pixinguinha era carioca
* Lamartine Babo era carioca
* Renato Russo era carioca
* Arnaldo Jabor é carioca
* Cazuza era carioca
* Betinho era carioca
* Zico é carioca
* Romário é carioca
* O maior estádio do mundo é carioca
* O vôlei de praia é invenção carioca
* O futevôlei é invenção carioca
* O futebol de praia é invenção carioca
* A praia mais famosa do Mundo é carioca
* A maior floresta urbana do mundo é carioca
* Os dois maiores símbolos do País (Cristo Redentor e o Pão de Açúcar) são cariocas
* O maior jornal do Brasil é carioca
* A Brahma é carioca
* A Petrobrás é carioca
* O Rio é sol, é sal, é suor, é cerveja, é carioca!

AGORA OS PAULISTAS
* Maluf é paulista
* Hebe Camargo é paulista
* O Juiz Nicolalau é paulista
* Chiquinho Scarpa é paulista
* Gugu é paulista
* O Tietê é paulista
* Baú da Felicidade é coisa de paulista
* A TAM é paulista
* O PCC é paulista
* A pior cerveja do país (Xixicariol) é paulista
* A 2ª pior cerveja do pais (Kaiser) é paulista
* A cidade mais poluída do Brasil é paulista
* A cidade mais engarrafada do Brasil é paulista
* O aeroporto mais perigoso do país é paulista
* Ô "meu" é coisa de paulista
* "um chopps e 2 pastéu" é coisa de paulista
* A TFP é paulista
* Fernando Henrique Cardoso é paulista
* O CANSEI é paulista
* José Serra é paulista
* Tietê, o rio urbano mais poluído do mundo, é paulista
* A música sertaneja é paulista

E finalmente o pior: A YEDA TAMBÉM É PAULISTA!!!!

14 de jul. de 2009

RBS & YEDA - tudo a ver



A atuação do Grupo RBS me lembra o personagem Procustes da mitologia grega, que tinha a medida de sua justiça na cama. As vítimas pequenas esticava até alcançarem o comprimento da cama, as maiores, cortava.
O programa Polêmica desta terça-feira, apresentado pelo funcionário da Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, Daniel Scola, propôs o seguinte debate: "Governo do Estado atribui vazamento de escutas da Polícia Federal ao Ministro da Justiça. Quem atacou primeiro? Yeda (ligue para 3299 2601), Tarso (ligue para 3299 2602) ou os dois só estão preocupados com 2010 (ligue para 3299 2603)?"
A certa altura do debate, após a apresentação dos entrevistados nas ruas, o deputado Coffy Rodrigues, do PSDB, sentiu-se extremamente à vontade para elogiar o repórter e concluir: "a nossa Gaúcha". Ele estava se referindo à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, e não à Yeda, que é paulista.
Chamada a fazer a defesa do governo da ex-funcionária, o programa buscou transformar o mar de lama que já afogou mais de duas dezenas de sócios da Yeda, em uma simples disputa política. A pergunta, capciosa como tudo o que a RBS faz, induz aos ouvintes acreditarem que Tarso atacou, sendo que a única dúvida pendente dizia respeito apenas se foi primeiro ou depois de Yeda. É por isso também que Zero Hora prefere botar na capa, ao invés da explicações sobre as denúncias, que Yeda estranha as ações da Polícia Federal. Claro, no tempo do governo do PSDB, a Polícia Federal tinha a missão de arrancar maconha no interior de Pernambuco, e deixar em paz os criminosos do colarinho branco. Na matéria, o título é "Polícia Federal não pode indiciar secretário". Zero Hora se esmera em publicar todas as acusações de Yeda, mas não consegue desenvolver um raciocínio mínimo. Claro, daria tiro no pé e matéria a coruja...
Não estou fazendo a defesa de Tarso Genro, que para mim não passa de um político medíocre com um extraordinário, mas o exército midiático escalado para fazer a defesa de Yeda esqueceu-se que a própria RBS divulgou informações exclusivas. Foi Tarso quem vazou para a RBS? Façam-me o favor! Os denunciantes seriam ligados a Tarso? Ora, basta olhar os nomes: a mulher do Marcelo Cavalcanti, cuja morte ainda não foi esclarecida, o vice-governador, do DEM, Paulo Feijó, Adão Paiani, ex-ouvidor nomeado pelo próprio governo.
Mas há ainda algo mais revelador: as investigações da Polícia Federal são acompanhadas pelo Ministério Público Federal, e eventuais grampos são autorizados pela Justiça Federal. Significa dizer que, para Yeda e asseclas, não só a Polícia Federal, mas também o MPF e a Justiça Federal estão em complô contra a coitadinha da ex-funcionária da RBS.
Diante de toda esta sem-vergonhice a pergunta que não quer calar é a seguinte: "- Tudo o que Yeda pôs em prática no Piratini aprendeu na RBS?" E/ou seria fruto de sua convivência partidária no PSDB?
Falta ao governo da ex-funcionária da RBS explicar a exoneração dos seguintes personagens:
- Aod Cunha (Fazenda)
- Ariosto Culau (Planejamento e Gestão)
- Carlos Otaviano Brenner de Moraes (Meio Ambiente/Transparência)
- Cézar Busatto (Casa Civil)
- Coffy Rodrigues (Obras)
- Coronel Dalmo Itaboraí dos Santos (Casa Militar)
- Delson Martini (Secretaria-geral)
- Coronel Edson Alves (Casa Militar)
- Coronel Joel Prates Pedroso (Casa Militar)
- Enio Bacci (Segurança Pública)
- Fernando Záchia (Casa Civil/Desenvolvimento e Assuntos Internacionais)
- José Francisco Mallmann (Segurança Pública)
- Luis Augusto Lara (Turismo)
- Marcelo Cavalcante (Brasília)
- Maria Leonor Carpes (Administração)
- Mercedes Rodrigues (Secretaria-geral/Transparência)
- Nelson Proença (Desenvolvimento e Assuntos Internacionais)
- Paulo Azeredo (Obras)
- Paulo Fona (Comunicação e porta-voz)
- Paulo Maciel (Ciência e Tecnologia)
- Pedro Westphalen (Ciência e Tecnologia)
- Vera Callegaro (Meio Ambiente)

A RBS, como Procustes, aplica para Yeda o mesmo conceito de honestidade com que atua. Em outras palavras, Yeda é tão honesta no trata do coisa pública quanto a RBS com respeito à veracidade das informações.

13 de jul. de 2009

Zé Agá & Yeda

Zé Agá de mal com os fatos

A máquina de moer adversários acionada pelo Piratini, leia-se, ouça-se, veja-se RBS, falhou ao juntar ticos e tecos. Em ato falho revelador, o braço impresso do Grupo RBS, polinizado pela abelhinha Rosane de Oliveira, saiu do Caso Lair, Caso Isso e Caso Aquilo, e enredou com a "Reação no Piratini". E, arrepiada, manchetou: "Governo vê Tarso por trás".
A matéria recebeu o título que o Piratini determinou, na Zé Agá apenas copiaram e colaram. E o gancho foi ainda mais sintomático. Num ato falho clamoroso, entregou de bandeja o baby japonês: "estratégia de disseminar ataques". Na mesma altura da página 6, mas do outro lado da foto da ex-governadora há mais tempo em exercício, a confissão do Secretário Marco Alba: "Quem tem a consciência tranquila, sempre se sente confortável". Ué, pensei, disseminar ataques não casa bem com consciência tranquila... Não é que conseguem tomar de assalto até a semântica!?
Lá no alto da página 6 está o nome a Editora Executiva do Ctrl + C e Ctrl + V da Zé Agá. Rosane de Oliveira, a abelhinha que poliniza os frutos da ex-colega pelas página de Zé Agá, realça o conteúdo da estratégia e também já sente Tarso por trás. Tenta executar um simulacro da filosofia ricuperiana: mostrar o que é bom e esconder o que é ruim.
O que a "colonista" não consegue ver, qualquer morador de rua que usa Zé Agá como papel higiênico vê: por acaso as denúncias que Zé Agá publicou foram vazadas por Tarso? Lair Ferst agora se chama Tarso? Adão Paiani seria outro dublê de Tarso? As gravações do Cesar Busatto feitas pelo vice Paulo Feijó foram vazadas por Tarso?
Quem forneceu à Zé Agá (06/07/2009) a sinopse do programa de governo concebido pelo novo jeito de governar, intitulada "Delação Premiada", que poderá render ao escritor Lair Ferst um Prêmio Nobel? Teria sido Tarso Genro? Para narrar a promiscuidade no atual governo do Estado Lair teria de escrever um Decamerão... por semana, tamanha é a entrada e saída de personagem rocambolescos. Ou já esqueceram Antônio Britto saindo de fininho pelos fundos do Palácio quando da criação do Gabinete de Transação, digo, Transição?!
A burrice só não é maior por falta de espaço! Embora talvez seja um pouco menor da burrice dos eleitores dessa gentalha. Como alguém ainda ousa defendê-los? Só com muita cara de pau e alguns caraminguá$!!
Os ex-profe$$ores Éfe Agá e Yeda talvez pudessem ensinar português ao Lula, mas este lhes poderia ensinar ética. Por exemplo, Lula poderia ensinar como ser um estadista respeitável sem precisar tirar o sapatos para entrar nos EUA.
Se Lula é o cara, FHC é a bunda de onde saiu Yeda...

7 de jul. de 2009

A Construção de um Álibi

Em breve num presídio bem perto de você!

O Grupo RBS planejou a construção de uma verdade que lhe interessa. Vai divulgado, a reboque dos acontecimentos, pequenos dados dissociados dos autores. Disseca o cadáver mas não conta a causa mortis. Há fatos, sem sujeitos. O primeiro vilão foi o DETRAN. Para o grupo RBS a pessoa jurídica DETRAN havia cometido irregularidade, pois em nenhum momento apareciam os autores, ou os condutores da autarquia quando da ocorrência dos fatos. Ao mesmo tempo, seus colonistas e comentarias nos mais variados veículos do grupo RBS mostravam uma harmonia de canto gregoriano. A ladainha uníssona vociferava contra o estado de coisas do denuncismo, dando voz aos que coadunavam a esta tese, e silenciando ou tentando desconstruir o que se ousavam pedir esclarecimentos. Vianey Carlet, Pedro Ernesto Denardin, Kenny Braga (para citar apenas alguns donos da verdade política no âmbito desportivo) defendiam e continuam defendendo Yeda usando do expediente de atacar qualquer um que não seja do PMDB, PSDB, PP ou DEM. A manobra é tão canhestra que, também uniformemente, estão buscando associar Sarney a Lula. Freud não explicaria, ficaria chocado... Em compensação, Totó Riina e Tomaso Buscetta dariam risadas...
Aquilo que costumeiramente os veículos do grupo RBS fazem, e praticam muito bem há muito tempo, que é incluir todos os membros de determinada agremiação, ou governo, não vem acontecendo quando o assunto é corrupção no governo de seus ex-funcionários. Quando havia denúncias no Governo Olívio Dutra, todo o governo e também todos os petistas eram responsabilidzados, hostilizados. O mesmo no âmbito Federal. As denúncias de corrupção no Governo Lula são atribuídas a Lula e todos os petistas, mesmo quando cometidas por aliados de outros partidos. O caso do Senado é emblemático. Todas as acusações contra Renan Calheiros e contra José Sarney são feitas envolvendo o nome do Presidente e do seu partido, embora os dois pertençam ao PMDB. A orquestração é tão flagrante que fatos relacionados a gestores anteriores do Senado são atribuídos aos dois, Renan e Sarney. Por que eles não fazem o mesmo com os crimes praticados contra a administração pública aqui no RS? Por que não dão a dimensão partidária para as denúncias envolvendo Eliseu Padilha, César Busatto, Yeda Crusius, Francisco Fraga, José Otávio Germano e tutti quanti? Aliás, se dependêssemos dos veículos e comentarias do Grupo RBS, sequer saberíamos os partidos dessa gente. O envolvimento destes personagens são pessoais, mas os envolvimentos de pessoas de partidos com os quais a RBS têm alergia são partidários. Tome-se o exemplo do MST!
A manchete do jornal Zero Hora de hoje, 07/07/2009, é emblemática. "As denúncias de Lair: Yeda " - São fatos sem comprovação". Na redação da RBS não há só uma reforma ortográfica, mas também uma alteração semântica. Desde quando fatos precisam ser comprovados? Quando se trata de seus ex-funcionários, os "fatos" precisam ser comprovados. A parcialidade do Grupo RBS fica por demais evidente quando se verifica que todas as denúncias partiram de pessoas vinculadas à Governadora, seja por afinidade partidária, seja afinidade ideológica. Mas a oposição acaba parecendo culpada pelos "fatos". O vice-governador gravou e mostrou o modus operandi. Uma infinidade de Secretários saíram atirando. Todos personagem que privavam da intimidade de Yeda Crusius. Não foram tresloucados oposicionistas, ou agentes do MST, mas o PC Farias do PSDB, Lair Ferst, o Vice-Governador, Paulo Feijó (do DEM) e Adão Paiani (ex-ouvidor sem partido) que mostraram os "fatos". Tudo gravado e documentado.
A linha de defesa de Yeda Cruius no âmbito da RBS vem delineada pela editora de política, Rosane de Oliveira, quando diz que "Falta o Principal": "Falta a ele (Lair Ferst) credibilidade para ser o detonador da CPI." Deve faltar credibilidade a Lair Ferst porque ele é do PSDB, se fosse do PT não haveria dúvida...
Não que me surpreenda. Acompanho a RBS há muito tempo para me sentir chocado com o sua atuação político-partidária atual. O despudor parece mais uma aposta empresarial de gangsters. Se alguém quiser compreender a linha de atuação da RBS, nos mais diversos ramos empresariais que se aventurou, basta conhecer a história da Máfia. O canal MGM da SKY e NET mostrou recentemente um seriado em doze capítulos intitulado Corleone (em italiano, Capo dei Capi), baseado na vida de Totó Riina. Quem teve o privilégio de ver vai entender o asilo concedido pelo Grupo RBS aos ex-agentes do governo do professor Cardoso, do PSDB: Pedro Parente e Armínio Fraga. As refregas bissextas com o Correio do Povo servem de pista, de ponto de partida para esclarecer o perfil empresarial da RBS.
Quando tudo acabar, a RBS ainda poderá dizer que mostrou tudo a seu tempo. É o álibi.

27 de abr. de 2009

Testando Hipóteses

Boimate, uma especialidade que você só encontra na cozinha da VEJA!
Acabo de receber um email com informações a respeito de mudança no comando do grupo Abril. Segundo esta informação, Daniel Dantas teria comprado dos Civita o Grupo Abril e mantido todo o staff para não chamar a atenção da sociedade comercial e civil. Podem ser falsas, mas também não se pode descartar que sejam verdadeiras. Podem ser falsas porque ainda não puderam ser checadas. Mas também podem ser verdadeiras, haja vista o alinhamento editorial com as premissas defendidas por Dantas, e também porque não foram negadas.
Tentei confirmar com o missivistas o teor explosivo das informações, mas alegou sigilo da fonte, pois o processo seria sigiloso. Também não quis aprofundar o assunto pois existia a possibilidade de Dantas ter adquirido também o Grupo Folha da Manhã. A família Frias teria exigido tão somente a manutenção de um Frias no comando editorial.
Diante do alinhamento editorial destes dois grupos aos ideários do dono do Opportunity, uma das hipóteses é de que Daniel Dantas tenha adquirido ambas. Mas não se pode descartar a hipótese que tenha sido apenas uma ou ainda nenhuma, já que O Globo também estaria afinado editorialmente. Contudo, até agora não há comprovação alguma, embora também nada tenha sido negado. Ambas ou nenhuma, eis a questão!

27 de mar. de 2009

Independência ou Morte!


O jornalista Wladimir Ungaretti, professor da UFRGS, está inacessível na blogosfera a pedido do Fotonaldo da RBS. Está impedido de expressar seu www.pontodevista.jor.br. O tacão da justiça foi acionado por funcionário da RBS desacostumado com outro ponto de vista que não o seu e de seu patrão. A blogosfera faz um mal homérico às grandes corporações e seus subordinados. Inadmissível mas explicável que os funcionários e ex-funcionários da RBS têm alergias à crítica independente. Devem se perguntar, afinal por que outros podem ter independência de opinião e eles (funcionários da RBS) não. O mais lamentável mas compreensível é que Ronaldo Bernardi parece ter-se inspirado em Políbio Braga. Lembro que quando escrevia para o Observatório da Imprensa (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/iq0105200291.htm) e relatei a pilantragem da RBS num famoso Teledomingo, a RBS me ameaçou com medida judicial em editorial. Fiquei esperando, mas infelizmente só ficaram na ameaça. Preferiram pedir minha cabeça e Alberto Dines se ajoelhou.
Fotonaldo, como diz o ditado, quem puxa aos seus não degenera.

26 de mar. de 2009

Porque não te calas?

Boca de poedeira: ou o ovo da serpente!

NOTA PÚBLICA


A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.

Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão. Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.

No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.

Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.

Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.

Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos

Presidente da AJUFE

1 de mar. de 2009

Idade Mental: 10 anos

A marca do atrasoDez anos após o massacre midiático contra o Governo Olívio Dutra, Rosane de Oliveira recebeu autorização para escrever no seu blog:
Foi assim com Olívio Dutra (PT), que mal havia assumido o Palácio Piratini quando enfrentou uma oposição ensandecida e disposta a tirá-lo do cargo. Motivo? Por ter mandado a Ford embora, respondiam.
Como tecnicamente perder um investimento negociado pelo antecessor não é caso para impeachment, os inimigos, liderados pelo advogado Paulo do Couto e Silva, foram à cata de motivos que pudessem ser enquadrados como crime de responsabilidade. Não encontrando, passaram meses fazendo marola com a ameaça. Depois, na CPI da Segurança, que bem poderia ser chamada de CPI do PT, o impeachment voltou a ser invocado pelos adversários de Olívio antes da conclusão dos trabalhos. A CPI pediu indiciamentos a torto e a direito, mas o Ministério Público arquivou tudo.


Infelizmente Rosane ainda não conquistou alforria para publicar estas informações nas páginas de Zero Hora.

A demora e o local para fazer um registro, espécie de mea culpa, traduzem as dificuldades do Grupo RBS em sair da cloaca em que se meteu. Na internet não tem boi, portanto, não peçam aos internautas a mesma passividade bovina de boa parcela de gaúchos que engole a seco todas as mentiras da RBS. A internet não perdoa, registra o presente sem esquecer do passado. Nos blogs, não precisamos de autorização de ninguém para desmascarar essa mídia mascarada e golpista. Não vivemos a cabresto, nem somos patrocinados por mensalinhos...(Quer saber mais sobre isso, então não pergunte ao Políbio Braga!)

A PAZ da RBS é a dos sepulcros
O que chama a atenção no registro da colonista da RBS é o momento em que vem a público dizer o que até o reino mineral já sabia: que a RBS e a parte mais atrasada do empresariado e da política gaúcha sabiam que Olívio estava fazendo um governo verdadeiramente revolucionário. Olívio tocou nos pontos nevrálgicos da segurança pública. Apontou o jogo maçônico tanto da polícia quanto do Tribunal de Justiça. Se Bisol fosse o culpado pelos problemas de violência, com sua saída deveríamos estar vivendo dias melhores. Mas não foi isso que aconteceu. Pior, à violência das ruas somou-e a violência institucionalizada, sob orientação da Governadora Yeda. Ela escolheu o Coronel Mendes, não para prender um réu confesso como César Busatto, mas para bater em pobre. Se não fosse a Polícia Federal alguém acredita que a Secretaria de Segurança Pública do Governo Yeda teria feito alguma denúncia contra os larápios do DETRAN?
A gravação divulgada por Paulo Feijó mostra quem foram e continuam sendo os sanguessugas das instituições públicas como DETRAN, BANRISUL, DAER. Deu nome e sobrenome, endereço e idade, partido e cargo, mas a RBS não mexeu um lápis para ajudar a esclarecer. Pelo contrário, perfilou-se ao lado dos larápios e deles não desgruda.

O que a tropa de chegue da Yeda, na política e na mídia, não se dá conta, é que no Governo Olívio, as denúncias foram construídas num consórcio encabeçado pela RBS e pelo que existe de mais retrógrado no RS. Ressurgiu agora com força o que, na época, registrei como Marcarthismo Gaudério em artigo publicado na Agência Carta Maior.
As denúncias envolvendo os larápios do DETRAN e o modus operandi do Governo Yeda não partiram de nenhum partido político da oposição, muito menos do PT. Aliás, o PT está calado demais para meu gosto. Calado e apanhando de graça. Parece até mulher de delegado.
O que deixa os áulicos e a turma da RBS desnorteados é que a descoberta da maior falcatrua registrada na administração pública do Rio Grande do Sul se deve ao trabalho irretocável da Polícia Federal, e à capacidade profissional e técnica da Juíza Federal de Santa Maria, Dra. Simone Barbisan Fortes, uma jovem especialista em Previdência Social.
Como Yeda & RBS não podem se voltar contra o trabalho da Justiça Federal, voltam-se contra quem quer ver tudo bem esclarecido: os honestos. Querer paz, neste caso, significa jogar lixo para debaixo do tapete, uma especialidade do Grupo RBS e sua base política na Assembléia.
Relações Umbilicais
Não nos esqueçamos que tudo o que Yeda está pondo em prática aprendeu nos corredores da RBS.

28 de fev. de 2009

Mídia Bandida


Os grandes grupos midiáticos brasileiros agem como o bandido mitológico Procuste. Procuste estendia suas vítimas numa cama, os mais cumpridos cortava o que sobrava da cama, os menores espichava até caberem nela.
O editorial da Folha de São Paulo que tentou mudar de nome Regime Militar de 1964, de ditadura para ditabranda, cumpre importante papel pedagógico para o entendimento do jornalismo que se fez e se faz, do que se entende por ditadura.
Primeiro, como a Folha de São Paulo fez parte da ditadura, inclusive transformando os furgões que transportavam jornais em camburões a serviço dos torturadores, quer reescrever a história para livrar a própria cara. Neste caso, como nos crimes de colarinho branco, a Folha ao invés de lavagem de dinheiro faz lavagem da história, como quem diz: se não houve ditadura então não fomos tão safados assim... Que papelão!
Segundo, todos sabem que a Folha mantém relações umbilicais com o PSDB e com os figurões que brilharam nos porões da Ditadura, como Romeu Tuma. Ao se perfilar ao lado do PSDB/DEM a Folha se impôs o triste papel de assassinar reputações dos opositores do PSDB/DEM sejam eles quais forem. Em compadrio com a VEJA, usa um senador inexpressivo do nordeste, Jarbas Vasconcelos, que vem sendo acusado de corrupção deste que foi prefeito de Recife, para de um lado atacar a parte do PMDB que apóia Lula, e de outro lado para atacar a candidatura de Dilma Roussef.
Aliás, não é sintomático ser Dilma uma sobrevivente da tortura do período militar? Vale lembrar a acusação do senador do DEMO, Demóstenes Torres, de que Dilma mentiu aos militares que a interrogaram? O que o senador sonega, como agora faz a Folha, é a informação de que foi interrogada sob tortura, e ainda assim preferiu mentir do que entregar os companheiros. O jogo bruto contra Dilma se dá exatamente quando próceres do PSDB/DEM afundam administrativa e eticamente: Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, foi cassado, Yeda Crusius, do PSDB gaúcho, é uma ex-governadora em exercício, e José Serra só não se encontra nas mesmas condições porque vem blindado pela Folha e porque consegue abafar a instalação de mais de 30 CPIs? Ué, e aquela máxima de quem não deve não teme? A Folha escreve “Zeca do PT, que responde a ações judiciais”, mas não usa do mesmo padrão de tratamento dizendo por exemplo que José Serra, que esteve envolvido com a máfia das ambulâncias, segue silencioso sobre as mortes do desabamento do túnel do metrô!? Marcelo Cavalcanti, o primeiro cadáver do PSDB gaúcho, foi encontrado morto no lago Paranoá, em Brasília, no momento que estava sob investigação da Polícia Federal pela participação no esquema de corrupção montado no governo do PSDB no RS e nem por isso os jornalões vêm a público acusar o PSDB pela morte. Muito menos tantar esclarecer as razões da morte.
No futebol o jogador que comete falta é o primeiro a levantar o braço dizendo que não fez. Quando apareceu o cadáver de Marcelo Cavalcanti os primeiros a levantarem o braço e apontarem para a oposição foram exatamente Yeda e Carlos Crusuis, marido e mulher, ambos do PSDB, enviando cartas à RBS. Por que à RBS? Não seria pelo simples fato de Yeda, como ex-funcionária, sentir-se blindada pela RBS? Ou seria porque a RBS só exige prova do PT e do PSOL mas não exige provas do casal Crusius?

Terceiro, o espírito corporativista dos grandes meios de comunicação. Nenhum outro veículo sequer mencionou a tentativa de revisionismo histórico da Folha, e muito menos as ofensas desferidas pela família Frias contra Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato. Se no embate político na arena do Congresso um Deputado ofende outro, os jornais estampam manchetes, agora quando a Folha usa expressões de puteiro para atacar dois professores de reconhecido comportamento ético e profissional, nenhum ousa sequer registrar os fatos, muito menos se posicionar. Uso de baixo calão pela Folha, inclusive chamando Dilma e Marta de “vadias e vagabundas” tem dois significados: que lhe faltam argumentos, e trazer a público sua verdadeira face.

Quarto, no âmbito internacional a mídia trata Hugo Chaves, que já se submeteu a 15 escrutínios, como ditador, mas não usa o mesmo termo para com Álvaro Uribe, da Colômbia. A Folha ataca o MST mas nunca ataca o partido dos DEMOCRATAS, que abriga em seu seio gente como o homem do castelo Edmar Moreira. O Globo nem poderia alegar desconhecimento do homem do castelo, por que sua dama “mascará de ferro”, a impoluta Miriam Leitão, é cunhada do dito cujo. Ataca o Ministro da Justiça Tarso Genro simplesmente por fazer parte do Governo Lula, mas se compraz com idiossincrasias de Gilmar Mendes, talvez o pior presidente que o STF já teve em todos os sentidos, sempre se manifestando fora dos autos na defesa de corruptos notórios como Daniel Dantas, ou fazendo acusações sem provas, como no caso do grampo que não existiu. Por que a Folha cobra explicações devido ao encontro de Dilma com os prefeitos para tratar das obras do PAC, como se fosse um evento político, e é, mas silencia com a propaganda milionária do SABESP, em nível nacional, sendo apenas uma empresa paulista, sob a batuta do peessedebista José Serra? Como se pode ver, os meios de comunicação se escandalizam seletivamente...

Quinto, os meios de comunicação são uma concessão pública, gostem ou não seus detentores. Está na Constituição. No entanto, nenhum deixa isso claro para seu público leitor ou telespectador. Por que será? Por que as renovações das concessões não são tratadas publicamente, discutidas com os que estão submetidos a essas famílias mafiosas? A RBS domina 80% do mercado midiático gaúcho. Tem jornal, rádio, TV, internet, TV a cabo, provedor, telefonia, sem contar a participação em outros ramos da economia. Seria no mínimo justo que se discutisse esse monopólio, quem sabe um plebiscito para ver o que pensa o povo gaúcho e catarinense a respeito desse polvo amplamente ramificado. Digo polvo, mas também podem chamar de câncer que não é nenhum eufemismo.

Sexto, os grandes grupos econômicos que exploram os meios de informação são unanimemente contra os movimentos sociais. O MST é cobrado pela ocupação de fazendas improdutivas, mas não cobram dos donos das fazendas o que a Constituição exige, a função social, ou seja, produtividade. Os gastos do MST são cobrados mas os empréstimos não pagos pelos fazendeiros, não. Porque não cobram da RBS o fato de ter pego empréstimo subsidiado do Banrisul e do Banco do Brasil? Por que não tomam empréstimos nos bancos particulares, já que para os meios de comunicação a empresa pública não presta, o que presta é a privada. Acusam antes de informar, ao mesmo tempo se perfilam ao lado dos grandes grupos econômicos, independentemente do papel que desempenham, ou das falcatruas em que se envolvem. Nos casos de corrupção, atacam o agente público corrompido mas silenciam no que diz respeito ao agente corruptor. Onde estão as manchetes para acusar Daniel Dantas? Para cúmulo da insensatez, são capazes de cobrar do servidor público que pega um corruptor em flagrante delito, ou tentar comprar um delegado não é crime?

Para refrescar a memória dos arautos da moralidade, vejam aqui os 45 escândalos da era FHC, também conhecida como Década Perdida!

23 de fev. de 2009

Um homi perturbado

Confesso que fiquei a par da existência de Políbio Braga desde quando foi cargo de confiança de governador sem essa prerrogativa. Depois, foi como no poema Bochinco do Jayme Caetano Braum, nunca mais vi:

E a china - essa pergunta me é feita
A cada vez que declamo
É uma coisa que reclamo
Porque não acho direita
Considero uma desfeita
Que compreender não consigo,
Eu, no medonho perigo
Duma situação brasina
Todos perguntam da china
E ninguém se importa comigo!

E a china - eu nunca mais vi
No meu gauderiar andejo,
Somente em sonhos a vejo
Em bárbaro frenesi.
Talvez ande - por aí,
No rodeio das alçadas,
Ou - talvez - nas madrugadas,
Seja uma estrela chirua
Dessas - que se banha nua
No espelho das aguadas!


Pois não é que numa gauderiada andeja pelos campos virtuais fui parar no sítio onde a chirua dá expediente e a encontrei gritando em público o que ela, num “bárbaro frenesi”, já fazia na privada. Eu, só dou a palavra, que mais não está a venda, mas da parte de lá não posso dizer o mesmo, como podem conferir abaixo (da cintura). Reparem que a troca de propostas feitas na janela do bochincho está invertida e isso é da natureza:

23 de fevereiro de 2009 06:46 Para: POLIBIO BRAGA
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Está bem, eu procuro a minha e tu procura a tua. Chinelão!

Em 20/02/09, POLIBIO BRAGA escreveu:
- Ocultar texto das mensagens anteriores -

> Vai te catar, cara. Vê se procura a tua turma de mensaleiros.

> ----- Original Message -----
> From: Crestani
> To: POLIBIO BRAGA
> Sent: Friday, February 20, 2009 6:26 PM
> Subject: Re: [Jornalista Polibio Braga] Novo comentário em Protógenes
> apóia PSOL, mas não tem nada a ver com ....
>
>
> Políbio Braga, eu não havia pensado nisso, mas a tua reação me deixou
> convencido disso. Ninguém reage dessa forma, sem ter sido acusado, por um
> comentário em matéria que versa sobre práticas antigas de políticos gaúchos
> idem, se no íntimo não dispuser de informações que os demais não sabem. A
> ameaça é uma arma rasteira própria de sujeitos rasos. Dito isto, passo a me
> convencer que fornecestes todos os elementos de pessoas perturbadas
> mentalmente, por um motivo ou outro, que só tu e teu psiquiatra sabem.
> Atenciosamente,
>
> Gilmar Crestani
>
>
>
> 2009/2/20 POLIBIO BRAGA
>
> Se você se refere a mim, como um dos jornalistas pagos para defender a
> Yeda, gostaria que confirmasses por e-mail isto, claramente, tipo:
> Confirmo que o jornalista Polibio Braga é um dos jornalistas pagos para
> defender a governadora Yeda Crusius.
> Caso faças isto, vou te meter dois processos, um cível e outro criminal.
> Terás que provar em juízo a declaração ou irás para a cadeia e pagarás
> indenização no cível.
> Espero que tenhas coragem de levar às últimas consequências o que
> afirmas e não sejas leviano como a Luciana e o Ruas.
>
> Polibio Braga
> ----- Original Message -----

> From: Gilmar Antonio Crestani
> To: polibio.braga@uol.com.br
> Sent: Friday, February 20, 2009 4:39 PM
> Subject: [Jornalista Polibio Braga] Novo comentário em Protógenes
> apóia PSOL, mas não tem nada a ver com ....
>
>
> Gilmar Antonio Crestani deixou um novo comentário sobre a sua postagem
> "Protógenes apóia PSOL, mas não tem nada a ver com ...":
>
> Não tenho motivos para apoiar o PSOL nem o Protógenes, mas tenho
> motivos suficientes para achar que tudo o que foi dito é verdadeiro.
> Inclusive que jornalistas são pagos para defenderem-na.
>

> Publicar este comentário.

Como diria a Miss Pantalha, não podemo se entregá pros home (opis!!), embora penso que seria melhor a china se entregar, para não ser levada a manu militari.
Então é por isso, com gente tão alegre, que o erário é uma festa só!

20 de fev. de 2009

A Familia Crusius Addams


O CORVO
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais
«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.
            É só isso e nada mais.»
 
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais —
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
            Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,
«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
            É só isso e nada mais».

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.
            Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
            Isto só e nada mais.

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
            «É o vento, e nada mais.»

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.
            Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»
            Disse-me o corvo, «Nunca mais».

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
            Com o nome «Nunca mais».

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais
Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais».
            Disse o corvo, «Nunca mais».

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
            Era este «Nunca mais».

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
            Com aquele «Nunca mais».

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
            Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»
            Disse o corvo, «Nunca mais».

«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»
            Disse o corvo, «Nunca mais».

«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»
            Disse o corvo, «Nunca mais».

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
            Libertar-se-á... nunca mais!
 
Tradução de Fernando Pessoa (1888-1935) do poema de autoria de Edgar Allan Poe(1809-1849)

13 de fev. de 2009

Cui prodest?


Quem sustenta a "face da corrupção"?
Não nos esqueçamos, Yeda chegou lá por mãos alheias, às quais paga tributo. Quid prodest? O que interessa é quem dá sustentação ao governo Yeda e as razões disso. As razões respondem à pergunta latina: Cui prodest? A quem interessa a existência da "face da corrupção" no comandando do maior orçamento do RS? Óbvio, os que dela (Yeda) e dele (orçamento) podem auferir lucros! E quem fica com o maior quinhão? A RBS! Duvida, então pense em quantos veículos a RBS dispõe em todo o RS - 80% da mídia gaúcha é explorada pela RBS. E em todos os veículos da RBS há sempre algum órgão público patrocinando algo. Para refrescar a memória, enquanto o DETRAN enfrentava uma auditoria arrasa quarteirão, o mesmo órgão patrocinava vários veículos da RBS. A influência disso podia ser constatada diariamente na Zero Hora. Ninguém lia que alguém era responsável pelo roubo de 40 milhões. Pasmem, o ladrão era... o DETRAN. Não entendeu? Então explico: o DETRAN é um órgão público, uma pessoa jurídica. Matavam dois coelhos com uma cajadada: denegriam um órgão público, esporte predileto da RBS, e desviavam o foco dos larápios.
Quando o Chefe da Casa Civil do Governo Yeda, Cesar Busatto, teve seu modus operandi exposto em praça pública pelas gravações do Vice-Governador, a RBS partiu pra cima do vice. Quando Jairo Jorge, eleito prefeito de Canoas pelo PT convidou Cesar Busatto, a RBS aplaudiu. Quando o mesmo prefeito envergonhado descantou o verso, a RBS fez um caderno especial de Domingo, chamando de a Volta da Guerra Fria. Portanto, para a RBS, negar salário público para um notório corruptor é ato de guerra fria. Conclusão: se há corrupção no RS, pode ter certeza, é porque os corruptos contam com o beneplácito da RBS.
Estamos vivendo um dos momentos mais degradantes da política gaúcha, com um governo de marionetes, cujo único objetivo é destruir as instituições públicas e atacar os movimentos sociais. Os resultados estão por aí, estendidos no chão: violência a qualquer hora do dia, dengue, febre amarela e leishmaniose ocupando os espaços deixados pela falta de saúde. Na educação então nem se fala, já que a falta dela é a marca de todos quantos ocupam cargo no atual governo.
E isto tem cara, é a coroa Yeda Crusius, sob patrocínio da RBS.