30 de nov. de 2010

Tapado de nojo

Arnaldo Jabor esconde suas idéias!Uma anta saída do Zoológico Projac, aterrissou em Porto Alegre, onde uma turma de provincianos a recebeu, a anta, batendo os pés, os quatro, no chão. A anta, mais conhecida por Arnaldo Jabor, um dos mascotes do Instituto Millenium, confessou: “Eu votei no Serra, sou amigo dele há anos, mas estou tapado de raiva por essa campanha que ele fez”. A qualidade do raciocínio dos mascotes do Instituto Millenium, Jabor & Constantino,  equivale ao de José Serra, o que explica o baixo nível da campanha deste. O tapado Jabor estava tão tapado que só agora, no meio de seus congêneres, homiziado no Sheraton Hotel de Porto Alegre, deitou falação.

Lá em casa, cachorro com raiva é vacinado…

Estamos diante de um espécime a ser observado nos laboratórios de jornalismo. A anta ocupa espaço valioso na telinha, sabe que um candidato a presidente faz uma campanha obscurantista e se cala. Pior, vota, tapado de nojo, no infeliz. O público que esperava dele alguma orientação nos seus ilustrados comentários na decadente Globo, durante a campanha, fica agora sabendo o que é um crápula. Muito se conhece Jabor pelo que diz, mais ainda pelo que não diz. Só diante de seus pares, onde a promiscuidade ideológica é motivo de riso e patacoadas, confessa o quanto é tacanho. E tacanho faz só sucesso com iguais.

Ao citar a globalização da economia, como se fosse um evento da natureza, sentenciou: “não há mais futuro e sim um presente incessante”. É isso que dá ser papagaio eletrônico. Fica repetindo um mantra que a própria matriz jogou no lixo. Vimos com a crise recente como foi determinante a intervenção do Estado na economia. Do Estado americano, também. Agora, a emissão de moeda para alavancar a economia americana foi não patrocinada por nenhuma empresa privada, foi também do governo americano. A crise na  Irlanda levou o governo daquele país, enquanto Jabor destilava sua sabedoria de almanaque, a estatizar todos os bancos.

Como escreveu o Marco Weissheimer, no RS Urgente, “Ortodoxia liberal? Só para os outros”. Os EUA são como os Jabores, liberais com a mulher dos outros, conservadores com a sua. Esqueceram de avisar a anta do zoológico Projac que ele, apesar de se ajoelhar para o Google, ainda não aprendeu a pesquisar direito. Ou o Google dele é também viciado… Ele continua mixando o velho vinil em palestras para velhos ideológicos de direita. Logo os gaúchos, que cantam que “não podemo se entregá pros home”, se entregam para Jabor.

Os babadores de ovo da aldeia precisam estudar melhor a pesquisa do IBGE. Principalmente a RBS. Ontem, um jornalista da gaúcha não conseguia entender a pesquisa. E foi destilando números. Lá estava, a população gaúcha foi a que menos cresceu. Dentro do RS, a cidade que mais aumentou a população foi de Caxias. Aí entrevistam alguém para saber as razões: crescimento! Caxias do Sul foi a cidade gaúcha que teve o melhor desempenho econômico, explicou o entrevistado. Pano rápido.  A conclusão lógica que fugiu ao entendimento da RBS: crescimento econômico anda junto com crescimento populacional. Logo, a pesquisa do IBGE prova que a população não cresceu porque a economia gaúcha não cresceu.

Os embasbacados telespectadores gaúchos da palestra não conseguiram decifrar o oráculo : “estamos num nível de avanço tecnológico extraordinário e é isso que está fazendo o Brasil avançar também”. Ele queria dizer o boom da economia brasileira se deve ao avanço tecnológico, que também é um fato da natureza,  que não depende de governos. Os hipnotizados gaúchos da plateia não se deram conta que o RS não embarcou no avanço tecnológico. Só um deficiente mental não sabe que, apesar do “avanço tecnológico”, há uma crise sem precedentes nos EUA e Europa, e que não atingiu o Brasil. O mais incrível é que tem gente que paga para ouvir a anta…

E a pesquisa do IBGE prova que a direita tem dinheiro, mas é pobre de idéias, uma indigência mental que a maquiavam cobre. Como já disse Cazuza, a burguesia fede mas tem dinheiro para comprar perfume. Pela qualidade do raciocínio apresentado, a anta do Projac não passaria no exame do ENEM.

Ah! quem era mesmo que estava no comando do RS durante o “avanço tecnológico”?  Uma colega de Jabor, ex-funcionária da RBS… La Loca! Que já vai tarde. Na virada do ano um carro da RBS passará pelo Piratini para recolher os entulhos. Que façam sabão! Se der…

28 de nov. de 2010

Engole esta, Augusto Nunes!

Augusto NunesTá tudo lá no Cloaca. E tudo está no seu lugar. Só repriso porque putaria sempre vale a pena ver de novo. A roda do Michelin está mais queimada que pneu no Complexo do Alemão. Como se pode ver pela foto, a gravata do sujeito já antevia que seria uma zebra do jornalismo. Ou anta.

Procurei saber no google quem era o tal Augusto Nunes. E lá tinha uma anúncio classificado de alguém vendendo alguém. E, como diz o ditado, quem se vende sempre ganha mais do vale.

Fiquem com o CLOACA NEWS.
A ESPANTOSA INTELIGÊNCIA DO BLOGUEIRO-MICHÊ DA REVISTA VEJA

Desde os tempos em que atuava como informante dos torturadores, infiltrado no movimento estudantil, no período mais sombrio da ditadura, o auto-denominado “jornalista” Augusto Nunes – que se orgulha da fotografia em que aparece ao lado do general Figueiredo – já demonstrava seu caráter de escova-botas dos patrões. Pois, o tempo, senhor da razão, confirmou o vaticínio. Após exercer a função de proxeneta dos milicos, Nunes fez súbita carreira na imprensa corporativa. Valendo-se de seu excepcional talento para a adulação e de seu topete pega-rapaz, galgou postos e, dizem, perseguiu vários colegas de trabalho.

Uma das passagens bizarras de sua biografia foi sua demissão das Organizações Globo. Roberto Marinho em pessoa o mandou para o olho da rua por causa de um necrológio de Jorge Amado publicado na revista Época, quando o escritor baiano estava ainda bem vivo.

O semovente do meretrício fascista acabou encontrando refúgio no Jornal do Brasil, já sob o comando do empresário picareta Nelson Tanure. Isso talvez explique a derrocada agonizante do tradicional diário carioca, que teve morte cerebral decretada há poucos meses. Augustinho também foi diretor de redação do tabloide Zero Hora, de Porto Alegre. Ali, no entanto, seu reinado foi fugaz: nem mesmo os Sirotsky aguentaram tanta velhacaria.

Restou ao pobre diabo retornar, resignado – e com o rabo entre as pernas – à velha revista Veja, de quem, originalmente, é cria. É ali que, hoje, Augusto Nunes homizia-se, assinando um blog de coprologia jornalística e quejandos.

No último dia 25, ao fazer sua “leitura crítica” da entrevista coletiva que o Presidente Lula concedera a um grupo de blogueiros, Augusto Nunes exibiu tudo o que a vida lhe ensinou, em um texto que, pela sua grandiosidade epistemológica, entrará para os anais da crônica política brasileira. Com invejável garbo e rara agudeza de espírito, assim o titã da imprensa descreveu um dos participantes da histórica entrevista:

“A imagem ampliada pelo close exibe alguém que acabou de chegar dos anos 60 e só teve tempo para deixar a mala no quarto-e-sala do amigo. Os pelos da barba aparada na véspera tentam compensar o sumiço dos fios de cabelo no topo. Enquanto trava uma briga de foice no escuro com os tons sombrios da gravata estampada, o terno preto emprestado de algum parente mais gordo e mais alto engole as mangas e a gola da camisa social branca.”

Melhor usar parênteses (o “terno preto”, na verdade, era azul-marinho; o terno azul-marinho era próprio de seu usuário; o usuário do terno azul-marinho não possuiu qualquer “parente mais gordo”; e a “camisa social branca”, na verdade, era azul-claro). Ou seja: ao provável daltonismo do festejado “jornalista”, juntaram-se o ressentimento, o preconceito e, naturalmente, a imbecilidade.

Para provar que é um sujeito muito inteligente, pediu um dicionário emprestado ao seu vizinho Reinaldo e deu-se ao trabalho de copiar os verbetes cloacais do Pai dos Burros – certamente, nenhum de seus leitores entenderia que o “codinome” do entrevistador era um tropo metonímico, tampouco que o nome do blog é uma ironia.

Clique aqui para ver que, enquanto houver profissionais de imprensa do jaez de Augusto Nunes, o suprimento de matéria-prima deste Cloaca News - ou do Sr. Cloaca, como queira - estará garantido.

Constantino e o decálogo de jegue

Ditadura Roberto Marinho e João FigueiredoDurante a campanha eleitoral recebi um texto para lá de divertido. Não tive tempo para ir atrás. Agora procurei na internet pelo vira-bosta e vi outros textos de igual lavra. O botão do meio do mouse apresenta um raciocínio mais elaborado. O Camicia nera do jornalismo tupiniquim se orgulha de ser individualista, mas quer falar em nome da sociedade. Pura lógica… Gostei muito quando ele confessa que “Os piores “coronéis” do PMDB estão todos com Dilma! “ Claro, os melhores ficaram com Serra. Constantino não é coronel, nem soldado, é “avião”…

Aliás, depois do Marcelo Madureira, o sujeito mais engraçado da turma do Instituto Millenium, aquele que nasceu das cinzas do Café Millenium, é um tal de Rodrigo Constantino. Uma espécie de Jair Bolsonaro com menos grife e mais empáfia.  Não é o cara da piada pronta, é A piada. Pronta e ponto.

Os argumentos apresentados estão muito próximos do que pensava o Cardeal Joseph Ratzinger quando ainda militava na juventude hitlerista. Se fosse italiano, teria sido balilla. O cara ostenta um MBA – Muares, Burro e Asno, mas escreve coisas do tipo: “Perplexo ao ver que pessoas de bom nível financeiro e social desconheciam certos fatos sobre Dilma e o PT.” Perplexo fico eu com esta raciocinada. Ele deve ter escrito pensando na sua figura, afinal, não demonstrou, em momento algum, que a conhecia. E preconceito não é nem nunca foi conhecimento. Como se “bom nível financeiro” fosse sinônimo de conhecimento. E nível “social” eu nem sei o que ele quis dizer com isso. Afinal, é próprio do ser humano viver em sociedade. Mas para quem escreve, “individualismo, sim; sociopatia, não”, perpetrar outras bobagens não faz a menor diferença. Aliás, ele se acha tão importante que até usa ponto e vírgula. Agora me diz uma coisa, tudo o que um MBA conseguiu introduzir na cachola do rapaz foi que nível financeiro + nível social são insuficientes para conhecer Dilma e o PT. Sério? Deve ser este grau de discernimento que o leva a ocupar espaço na mídia golpista.

O primeiro mandamento é algo do tipo que nos faz pensar como a humanidade sobreviveu sem ele: “1- não voto em ex-terrorista e ex-assaltante que lutava para implantar no país uma ditadura comunista como a cubana, e que até hoje afirma ter orgulho dessa luta, sem ter mudado de lado”. Uma anta que fizesse MBA apresentaria um nível de argumentação melhor elaborado,  e para isso ela sequer precisaria ter bom nível financeiro e social. É mais ou menos como dizer que ele é favor da tortura, de fechar jornais, de assassinar jornalista (Herzog), políticos (Rubens Paiva). Ele, com certeza, colocaria uma bomba no show do dia do trabalhador (Atentado do Riocentro) só para botar a culpa na Dilma…Como ele se identifica com ditadores e torturadores, não é de admirar que não consiga entender que quem luta contra ditadores possam se orgulhar disso. Bem pensado, como ele poderia se orgulhar que alguém lutasse contra ele… Burrice  a minha, não é?!

Para que continuar. Tudo tão racional, tudo tão MBA… Mas vou concluir com o décimo mandamento, que fecha com chave de ouro tudo o que uma mente doentia consegue escrever depois do cilício. Isso mesmo, cilício com “c”. Não confunda com lítio, o remédio que ele não toma mas deveria.

10- Censura da imprensa. Censura da imprensa. Uma vez mais: censura da imprensa. Ancinav, CNJ, PHDN-3, o PT já deu claras demonstrações de que pretende continuar sua tentativa de censurar a imprensa. A democracia corre perigo, de verdade. Como votar em alguém assim? Seria um atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas. Não seja cúmplice disso! Não vote em Dilma.”

Escreveu três vezes a mesma expressão parecendo querer demonstrar ênfase pela repetição. Deve ter aprendido no MBA para gago. Já o CNJ entrou no credo por um ato falho, dos tempos em que Herodes atendia por Gilmar. E não era eu. Ele poderia ter citado um exemplo de censura da imprensa, um único. Não conseguiu, gaguejou. Aí tergiversa.  Aí o cara que apoia golpista, torturadores e ditadores, rola mais um bolinha de merda para o ninho de onde saiu: “atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas.” Eu não falei que ele colocaria bomba no Riocentro?! Típico de um apóstolo da Opus Dei. Quem já foi seminarista como eu sabe que após o cilício é que aparecem os tolos (após + tolos).

E agora, Constantino? A Dilma foi eleita, mas não vá perder seu sono carregando bomba no colo pelas noites no Riocentro. Seja razoável!

 

Fiquem com a lavra da “obra” (opis…) encaminhada pelo IP 189.73.144.189

Submitted on 31/10/2010 at 10:38 AM

Porque não votar na Dilma.
Rodrigo Constantino:

Perplexo ao ver que pessoas de bom nível financeiro e social desconheciam certos fatos sobre Dilma e o PT, resolvi resumir os 10 principais motivos pelos quais não voto na candidata:

1- não voto em ex-terrorista e ex-assaltante que lutava para implantar no país uma ditadura comunista como a cubana, e que até hoje afirma ter orgulho dessa luta, sem ter mudado de lado;

veja072- este foi o governo mais corrupto da história deste país! O livro “O Chefe” refresca a memória do que foi esse governo. José Dirceu é “chefe de quadrilha”, Lula claramente sabia de tudo, e Erenice Guerra é braço-direito de Dilma. Roubaram como ninguém! E foram pegos roubando! Votar neles significa dar uma carta em branco, autorizar a roubalheira, dizer que não se importa com isso tudo. É matar de vez a ética! E não esqueça de Celso Daniel, assassinado de forma até hoje obscura;

3- essa turma tem um projeto autoritário de poder, e está disposta a tudo por isso. O PNDH-3 dá uma idéia do que eles realmente querem: censurar a imprensa de vez e transformar o Brasil numa grande Venezuela, do camarada Chávez. O PT fundou com o ditador Fidel Castro o Foro de São Paulo, onde até os sequestradores e traficantes das FARC chegaram a participar;

4- em economia o governo foi totalmente irresponsável, o crédito estatal já representa metade do crédito no país, e isso é um perigo. Nenhuma reforma estrutural (previdenciária, trabalhista e tributária) foi feita. O partido condena as privatizações como se fosse um pecado tirar as tetas estatais dos sindicatos, políticos corruptos e apaniguados. Se hoje temos crescimento, isso se deve mais às reformas de FHC, ao contexto internacional e aos estímulos insustentáveis do governo, cuja conta vamos ter que pagar depois;

5- no âmbito internacional, Lula se aliou aos piores ditadores do mundo, fez um estrago na imagem do Itamaraty, abraçou assassinos e politizou o Mercosul, sem falar de seu discurso anti-americano mais que atrasado;

6- o PT aparelhou toda a máquina estatal, toda! Os sindicalistas tomaram conta de tudo, incluindo a Polícia Federal, o que é um risco enorme ao Estado de Direito. Tomaram conta das estatais, das agências reguladoras, do Itamaraty, dos fundos de pensão, das ONGs, e até do STF!

7- O presidente Lula é possivelmente a pessoa mais imoral que já vi na minha vida! Lula é mitomaníaco, mente compulsivamente, demonstra claros sinais de perversidade até. Seu populismo demagógico é absurdo e lembra os piores caudilhos que esse continente já teve (e ainda tem: Chávez na Venezuela, casal K na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador). Lula ridiculariza as leis o tempo todo, misturando a função de presidente com a de garoto-propaganda de partido;

8- O MST apoia Dilma, e Dilma veste o boné do MST, literalmente. O MST é um movimento criminoso, financiado por nossos impostos, que invade propriedades privadas, que defende a revolução armada comunista em pleno século XXI;

9- Os piores “coronéis” do PMDB estão todos com Dilma! Sarney, Michel Temer, Ciro Gomes, Jader Barbalho, Fernando Collor, e muitos outros, todos aliados de Dilma. O fisiologismo chegou a patamares impensáveis no governo Lula, e tende a piorar com Dilma;

10- Censura da imprensa. Censura da imprensa. Uma vez mais: censura da imprensa. Ancinav, CNJ, PHDN-3, o PT já deu claras demonstrações de que pretende continuar sua tentativa de censurar a imprensa. A democracia corre perigo, de verdade. Como votar em alguém assim? Seria um atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas. Não seja cúmplice disso! Não vote em Dilma.

27 de nov. de 2010

Caiu a lei do mercado?

justicadivinacegaDe repente as leis do mercado foram abolidas. Todo mundo tem algo a dizer a respeito da violência no Rio de Janeiro, desde Bolsonaro e seu discurso pré-Idade Média, Marcelo Itajiba e suas milícias, os “chapas-branca” do Lula e os chapados da Globo. E ninguém usa um termo caro ao capitalismo, a lei mais importante depois da Lei da Gravidade, a tal Lei do Mercado. Se o mercado vai, revogam-se as disposições em contrário.

Para começar, sempre que decidi viajar, comprei passagem. Das drogas, só uso as lícitas. Careta? Cada um com seus problemas. Mas acho hipocrisia dantesca culpar apenas os traficantes pela violência que toma conta das cidades, grande e pequenas. Rio de Janeiro, Porto Alegre ou Progresso há violência por que há consumo de drogas. Sim, há violência por outros motivos. Mas a decorrente do tráfico, está nos derrotando.

Dez anos atrás conheci um casal que se encontrou na Pinel, por força de um mesmo fato. OVERDOSE! Classe média alta, com inserção no topo da pirâmide política. Já tivemos governador que gostava de uma farinhada. E nunca mereceu uma matéria especial explicando quem eram seus fornecedores. Se recebia por tele entrega, SEDEX, ou ele mesmo buscava em alguma boca, ou só consumia o que sua polícia apreendia. E no entanto, a imprensa toda sabia. E ninguém nunca publicou nada, nem quando, com síndrome de abstinência, quebrou todo o comitê de campanha.

Quantas festinhas de gente bem nascida é regada com um cardápio de drogas. Nacionais e importadas, perigosas ou quase inocentes, mas todas ilícitas. Uma droga como a maconha, que está mais para remédio que para tóxico, é ilícita. E só chega clandestinamente, junto com armas e todo tipo de violência. Ao consumi-la estás financiando o posto e o entreposto. O plantador, o transportador, o “avião” e aquele que movimenta conta bancária com o pagamento ao “dono” do ponto. Quem distribui vem de locais pobres, miseráveis, mas quem detém o comando mora muito bem, tem conta bancária e tem horror a CPMF. Às vezes, nem toxicômano é.

Quando era bancário, da agência central de Porto Alegre, tinham uma movimentação, em volume de recursos, inferior à agência de Corumbá. Foi aí que vi a importância do sigilo bancário… O tráfico, o traficante, adora sigilo bancário, e detesta CPMF.

É a economia, idiota!”*

Quem fuma baseado, crack, cheira coca ou injeta outra droga qualquer está financiando a violência. Portanto, é responsável  pela violência. As causas da violência não estão no Complexo do Alemão, estão na Zona Sul. Em apartamentos bem mobiliados, com vista panorâmica. O papelote com algumas gramas de coca financiou a compra aquela bala perdida que matou um inocente.

O que já se disse a respeito da “guerra às drogas”, desencadeada pelos EUA, serve para nós, na questão da violência urbana. Afinal, fariam melhor os EUA se fechassem seus portos às drogas, evitasse o consumo interno, do que ocupar com seus exércitos a Colômbia. De nada adianta um base militar na Colômbia se os próprios exército entram no mercado da droga. Está se vendo exatamente isso no Afeganistão. Não adianta querer impedir um miserável de ganhar mais facilmente um bom trocado entregando papelote do que um emprego miserável que mal dá para sobreviver. Tem gente querendo receber, e paga, bem. Então, o negócio é encontrar a mercadoria. Depois de consegui-la, protegê-la, com as armas que a venda das drogas possibilitou que se comprasse. A guerra, a violência, decorre das leis de mercado, da oferta e da procura. Se você procura, acha! Se achar, tem de pagar! Pagando, financia. Simples assim.

É o mercado, idiota!

* "É a economia, idiota!"- frase do assessor de Bill Clinton, o marqueteiro James Carville, usada para explicar que na campanha a economia é que seria relevante.

26 de nov. de 2010

O besouro era um camaleão

Antes, para introduzir, um bom Camões:

  • Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
    Muda-se o ser, muda-se a confiança;
    Todo o mundo é composto de mudança,
    Tomando sempre novas qualidades.
    Continuamente vemos novidades,
    Diferentes em tudo da esperança;
    Do mal ficam as mágoas na lembrança,
    E do bem, se algum houve, as saudades.
    O tempo cobre o chão de verde manto,
    Que já foi coberto de neve fria,
    E em mim converte em choro o doce canto.
    E, afora este mudar-se cada dia,
    Outra mudança faz de mor espanto:
    Que não se muda já como soía.

É tudo para dizer que “o mundo gira e a lusitana roda” (lusitana era uma empresa de transporte que se expandiu com este slogan), mas a RBS continua a mesma. Foram-se se os Mendelskis, os Barrionuevos, mas ficaram os Lasiers os Prates, e brotam os Coimbras… Este Coimbra, um pigmeu, é uma espécie de ventríloquo, uma piada que herdamos dos portugueses, mas que não gira nem roda. Abaixo texto que publiquei em 2002, com a troca de emails, oito anos atrás, num site que eu tinha no HPG (eu sou do tempo do Geocities….), que pertence ao IG.

At 09:08 23/01/02 -0200, you wrote:
> Oi, Nivaldo, no jornal Zero Hora de hoje saiu a seguinte nota:

"Aviso aos Navegantes

Um texto com dados falsos sobre a RBS levou o editor da Carta Capital, Mino Carta, a publicar em destaque na última edição da revista o seguinte alerta:

Aviso aos Navegantes. Sites na Internet estão divulgando um artigo intitulado A Verdade Escondida, sobre o Grupo RBS, assinado por Nivaldo T. Manzano, que  teria sido publicado em Carta Capital datada de 11 de janeiro. Esta edição simplesmente não existe e o artigo em questão não foi publicado e não será em qualquer outra”.

Não conheço o texto de que fala a RBS. Aliás, já que o assunto é este, gostaria de saber, se possível, como está aquele trabalho que estavas fazendo sobre a RBS.

Um abraço

gilmar crestani

nivaldoNivaldo T. Manzano" < n.manzano@pop3.uol.com.br >

Assunto: Re: Nota publicada na ZH
Obrigado pela notícia.
Ocorreu o seguinte: Escrevi a matéria sobre a RBS, que envio aqui. Como a empresa que me solicitou a matéria me informou que seria publicada em CartaCapital, escrevi-a como se fosse. Ocorre que a matéria foi entregue pela empresa à CartaCapital, que não a publicou. Alguém, que não sei quem seria, divulgou-a pela internet. Essa é a história.

Um abraço

Nivaldo


A Verdade Escondida

Nivaldo T. Manzano

Para quem está acostumado a vencer a qualquer preço, a derrota é insuportável. Distinguida com concessões públicas e generosidades durante a ditadura militar, em troca de sua adesão ao regime, a Rede Brasil Sul (RBS) de comunicações — um complexo empresarial familiar integrado por mais de 60 emissoras de rádio e televisão e jornais — conquistou ao longo do tempo tal poder de influência sobre a opinião pública da região Sul do País que se acreditava um verdadeiro partido político, o partido da família Sirotsky.

Entre seus muitos feitos na política, o partido Sirotsky fez de um de seus ex-funcionários governador do Rio Grande do Sul (Antônio Brito) e de outro, porta-voz do Palácio do Planalto (Alexandre Garcia). Mas até hoje nenhum Sirotsky assumiu a política na primeira pessoa. Fiel à sua estratégia de amealhar fortuna mediante o aumento do poder de influir sobre a sua audiência, o clã sempre preferiu mandar em quem manda, com o que se poupou do desgaste eventual de quem se submete ao crivo das urnas. “Para que ser ministro, se disponho do poder de nomeá-los?” — argumentava o mago das comunicações Assis Chateaubriand, dos Diários Associados.

Foi assim até o momento em que o partido Sirotsky — com o lema “Rio Grande Vencedor” —, tendo como candidato à reeleição o então governador Antônio Brito —, perdeu para Olívio Dutra, o candidato petista da Frente Popular. Não estranha que o ressentimento tenha incubado o desejo de sentir o cheiro de sangue. O partido Sirotsky parece não se conformar com a nova realidade — uma democracia que se faz mais substantiva a cada dia.

Nas rodas de conversa na Assembléia Legislativa gaúcha, dominada pela oposição, comenta-se que até na região de Bagé, reduto do conservadorismo, os chefes políticos locais têm preferido encaminhar seus pleitos regionais via orçamento participativo, em virtude da relação positiva de seu benefício/custo, em comparação com o preço elevado cobrado pela intermediação clientelística do passado. Estaria aí a razão do estreitamento das afinidades eletivas entre a oposição ao governo petista e o partido Sirotsky. Se as comunidades se entendem publicamente sobre como aplicar os recursos do Estado, de forma descentralizada, para que serve quem se atribui o poder demiúrgico de decidir em conciliábulos sobre o destino do orçamento?

Em defesa do governador, sobre quem paira um pedido de indiciamento por crime de responsabilidade e outras violações, partidários da Frente Popular reagem dizendo que se assiste ao início do desmantelamento do poder oligárquico no Estado e de sua promiscuidade com a coisa pública — e, nessas circunstâncias, a manobra parlamentar era previsível. No que diz respeito à RBS, aduzem que o grupo teria razões para temer: a sua familiaridade com a suspeita de sonegação fiscal e evasão de divisas é atestada, por exemplo, pelos inquéritos nº 9-0608/98 e nº 9-606/98, da Polícia Federal, que em 1998 investigava as circunstâncias em que os responsáveis pelas empresas South Service Trading SA e Zero Hora Editora Jornalística SA, ambas da família Sirotsky, teriam remetido valores de forma indevida para o exterior. É certo que seu diretor e acionista Marcos Dvoskin, ex-motorista de taxi casado com uma Sirotsky, foi autuado pela Receita por evasão de US$ 5 milhões; por coincidência foi transferido no mesmo ano para a direção da Editora Globo, em São Paulo.

Segundo Luís Fernando Veríssimo, ao sair vencedora nas urnas, a Frente Popular de Olívio Dutra cometera o desplante de contrariar interesses poderosos, na sua ousadia de ser eleita pelo voto. Daí o empenho da RBS, alegam os governistas, em se juntar à oposição para desviar os objetivos de uma CPI criada originalmente para investigar a “banda podre” da polícia, convertendo-a num processo político de impedimento do governador.

Ou o PT ou a RBS — assim parecem postas as coisas na política gaúcha pelo partido Sirotsky, que coordena a união das oposições na orquestração dos ataques ao adversário.  “Se deixar o PT chegar ao fim de seu governo, a RBS não conseguirá fechar o seu balanço em 2001” — teriam comentado alguns executivos do grupo, demitidos recentemente por ganharem acima de R$ 15 mil mensais, na culminância de um processo de enxugamento dos quadros da empresa.

Uma das maiores empresas do RS, com um faturamento anual de R$ 1 bilhão e com 4.500 funcionários, a RBS, integrada à rede Globo de TV aberta, absorve mais de 60% dos investimentos feitos em publicidade nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Emprega um em cada dois profissionais de comunicação da capital gaúcha e domina os principais meios de comunicação das respectivas capitais e do interior. Em razão de sua onipresença no quinhão que lhe coube da partilha territorial pelo controle da opinião pública nacional, o poder relativo de influência da RBS+Globo nesses Estados, aferido pela unidade Globo de medida, valeria de duas a três vezes mais que o da própria Globo em relação ao resto da nação. Ou seja, para a audiência gaúcha e catarinense, a RBS+Globo apresenta-se com a força de uma Globo com expoente elevado ao cubo.

É o que basta para os militantes da Frente Popular de Olívio Dutra enxergarem sinais de conspiração por parte do “Rio Grande Vencedor”, como parte de uma estratégia mais ampla, que se estenderia para além das fronteiras regionais. É no Rio Grande do Sul que o candidato Lula venceu em 1994 e 1998 as eleições presidenciais. É ali, mais que em outra parte, que se jogaria o resultado do pleito de 2002. É ali que o estilo e o conteúdo da administração do PT e da Frente Popular testemunhariam perante o resto da nação a acolhida majoritária de seu programa, ao encaminhar-se para a conclusão de 16 anos ininterruptos de mandato à frente da administração municipal de Porto Alegre. “Se o PT e a Frente Popular conseguirem dobrar a oligarquia gaúcha, os eleitores de todo o País poderão encontrar aí razão para confiar em que a sua proposta é viável”, afirmou a este repórter Luiz Antônio de Sá Brito Domingues, advogado e funcionário aposentado do Tribunal Regional do Trabalho.

Para se compreender o acirramento dos ânimos entre o governo petista e a oposição, parece necessário atentar para a correlação entre (1) a tentativa de impedimento do governador por suposta ligação de seu partido com o jogo do bicho, (2) a coincidência entre a desintermediação clientelística estimulada pela prática petista do orçamento participativo e a crise financeira da RBS e (3) a absorção remunerada do ex-governador Antônio Brito por um flanco do núcleo empresarial responsável no plano nacional pelo fundo informal de campanha do candidato situacionista ao posto de FHC, ao qual o falecido ministro Sérgio Mota delegara a responsabilidade financeira de manter por pelo menos vinte anos no poder os atuais partidos governantes.

Como se sabe,  Antônio Brito, que na condição de governador torceu para que a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) fosse entregue ao consórcio do qual participavam os seus ex-patrões, passou a integrar a folha de pagamentos do grupo Opportunity em 1999, ano em que seu presidente, o banqueiro Daniel Dantas, comprava uma frota de três jatinhos executivos — um 750 Citation, prefixo PT WUN; um Beach King Air, prefixo PT WSJ; e um Excell C560 XL, prefixo PP RAA, os três no valor total de US$ 36 milhões — contrariando o parecer dos fundos de pensão Previ, Telos e Petros, seus sócios nas empresas de telecomunicações privatizadas. O “Consórcio Voa” encontra-se à disposição de Brito nas suas andanças pelo País, para a articulação das eleições presidenciais e estaduais de 2002. Ex-empregado de confiança da Globo e da RBS, Brito, apeado de seu “Rio Grande Vencedor”, abraçou a tarefa cívica de reunir capital político e financeiro para derrotar quem o derrotou. O partido Sirotsky não se dobra à vontade do eleitor.

Besouro RBS, também conhecido por vira-bosta!O mais nebuloso dos três itens mencionados é o (2). Trata-se de explicar de onde é que a RBS, em estado de insolvência técnica, como se mostrará a seguir, continua retirando recursos financeiros para mover as suas empresas, de baterias assestadas na direção do governo Olívio Dutra. A exemplo do besouro, que pelas leis da aerodinâmica não teria condições de voar, uma análise dos balanços das empresas da RBS, referentes ao período de 1996-2000, mostra que o grupo Sirotsky continua zumbindo, muito tempo depois de esgotado todo o seu combustível.

Ao longo de 2001, pelo menos em duas ocasiões auditores da Globo instalaram-se nas dependências da RBS para estudar uma forma de injetar-lhe oxigênio, mediante rearranjo do controle acionário. Compreende-se a solicitude do parceiro: a RBS, a sua principal coligada e terceira maior empresa de comunicação do País, é o seu bastião estratégico na porção Sul do território nacional, com jus primae noctis sobre as audiências do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Estados onde a Globo, por entendimento mútuo, somente pode entrar mediante assentimento prévio da repetidora gaúcha.

No andamento dessas negociações, a RBS foi atropelada pela notificação de indeferimento por parte do Refis a seu pedido de renegociação dos débitos de algumas de suas empresas junto ao INSS — entre as quais a Net Sul Comunicações Ltda., a Net Florianópolis SA, a Rádio Gaúcha SA, a RBS TV de Florianópolis SA, a Televisão Gaúcha SA, a Zero Hora Editora Jornalística SA e a Empresa Jornalística Pioneiro SA —, e por uma autuação fiscal da Receita cujo valor oscilaria entre R$ 160/200 milhões.

Diante de argumentos tão convincentes, as partes parecem ter julgado ser de melhor alvitre recorrer ao Palácio do Planalto, para que apressasse a Câmara dos Deputados a votar até o início de dezembro o projeto de lei que altera o artigo 222 da Constituição e permite o ingresso de capital estrangeiro nas empresas de comunicação nacionais até o limite de 30% do controle acionário. Não se encontrando a RBS em condições de esperar até lá, a Globo teria assumido a folha de pagamentos de sua coligada referente ao mês de agosto e, possivelmente, também de setembro, além de postergar sine die a cobrança pela retransmissão de seus programas, segundo informa um membro da diretoria do sindicato dos jornalistas do Rio Grande do Sul.

Nesse período, a RBS, sabidamente em dificuldades desde que se meteu na privatização da CRT e na NetSul, espalhou boatos sobre as suas novas frentes de expansão, como as supostas negociações para a compra do jornal Folha do Paraná, da família do ex-senador José Eduardo de Andrade Vieira, de mais um jornal em Santa Catarina, e o seu ingresso no segmento de revistas.

Céticos, analistas de mercado afirmam que nada disso poderia ocorrer, pois o passivo total das principais empresas do grupo supera o valor do ativo permanente. Se tudo permanecer como está, para pagar as suas dívidas, a RBS teria de vender, em bens de seu ativo permanente, prédios, máquinas, equipamentos, instalações, marcas e o que mais houver. O grupo dispõe de apenas R$ 0,38 de recursos próprios para pagar cada R$ 1,00 que deve. No jargão contábil, a sua situação é de iliquidez geral. Cruzando-se os vários indicadores do estado de saúde do paciente em 31 de dezembro de 2000, expressos nos seus balanços, é possível observar que a RBS encontra-se no plano inclinado da quebra, tanto mais iminente quanto mais o grupo alavancar recursos de terceiros.

A crise não é de agora. No período 1996-1998, o grupo realizou grandes operações de tomada de crédito, com o objetivo de pôr em prática um temerário plano de expansão. É o que confirma o exame dos atos societários arquivados na Junta Comercial gaúcha. De 1998 em diante, já no ocaso do governo Brito, uma radical inversão de expectativas determina a eclosão de uma grave crise financeira e operacional não apenas da Zero Hora —  responsável pela edição do jornal do mesmo nome, de maior tiragem no Estado —, mas de todo o grupo RBS. Em 1999, quando adveio a desvalorização do Real, a empresa e todo o grupo estavam operando com vultosos financiamentos tomados em moeda estrangeira e títulos lançados no exterior. Com isso, os Sirotsky viram duplicados os seus compromissos por financiamento em moeda estrangeira. Assim, o balanço da Zero Hora Editora Jornalística SA, referente ao exercício de 1998, revela uma situação de baixa liquidez e baixa eficiência no emprego de capitais de terceiros, situação que não chega ainda a caracterizar as “posições gravíssimas”, na expressão dos analistas, que seriam registradas em 1999 e 2000. Em 2000, a Zero Hora obtém êxito na alavancagem de recursos de terceiros, ao mesmo tempo em que colhe prejuízos arrasadores, infletindo ainda mais a curva de resultados negativos.

A incapacidade atual da empresa de gerar lucros está associada ao custo financeiro insuflado pelas suas dívidas. Assim, a Zero Hora encontra-se envolvida num ciclo perverso de realimentação de perdas, com a conseqüente e veloz exaustão dos ativos, ao mesmo tempo em que as exigibilidades são puxadas para o alto, crescendo sem controle. De cada R$ 9,00 de custo, apenas R$ 1,00 provém do resultado das atividades da empresa, enquanto os restantes R$ 8,00 correspondem a juros e demais custos dos empréstimos e outras formas de recursos de terceiros.

O resultado é que o patrimônio líquido da Zero Hora foi tragado completamente em apenas um exercício (2000), passando de positivos R$ 45,84 milhões, em 31.12.99, a R$ 17,45 milhões negativos, no ano seguinte. Tudo indica que não se trata de episódio efêmero. No período 1996-2000, as despesas financeiras aumentaram 256%, ao mesmo tempo em que o lucro por ação (lucratividade do capital social) caiu de R$ 7,26 positivos para R$ 13,24 negativos. Em outras palavras, os esforços operacionais da empresa estão produzindo resultados em sentido contrário. Pela leitura de seus balanços, a Zero Hora está ligada em marcha a ré, gerando apenas prejuízos. Nessas condições, quanto mais tempo a empresa funcionar, pior, pois mais prejuízos serão produzidos. Não há, pois, como endividar-se ainda mais, já que a empresa não pode oferecer qualquer garantia a seus atuais e eventuais futuros credores. Todos os recursos são de terceiros e, como estão totalmente sem cobertura de ativos, a situação é de insolvência.

Quando a esse desempenho se juntam os de outras 14 empresas do grupo, segundo balanços do exercício de 2000, a metáfora do besouro retorna com igual propriedade:

— O déficit financeiro, em crescimento, atinge $$ 424 milhões, sendo R$ 51 milhões a curto prazo (até doze meses da data do balanço — 23 e 24 de abril de 2001) e R$ 373 milhões a longo prazo (além de doze meses);

— O valor total do déficit supera o valor total das receitas líquidas do exercício, de R$ 403 milhões, de todo o grupo RBS;

— Esse déficit gerou em 2000 despesas financeiras líquidas de R$ 150 milhões, correspondentes a 37% da receita líquida;

— Os valores a pagar a curto prazo somam R$ 242 milhões, sendo R$ 16 milhões na rubrica Instituições Financeiras, R$ 6 milhões na de Empréstimos no Exterior e o restante a diversos outros credores;

— Os valores a pagar a longo prazo somam R$ 448 milhões, sendo R$ 16 milhões a credores nacionais e R$ 343 milhões a credores no exterior;

— As dívidas totais somam R$ 700 milhões, correspondentes a 1,74 vezes o total da receita líquida do exercício.

— Na outra ponta, a geração de receitas líquidas dos últimos três exercícios é declinante, tendo caído de R$ 489 milhões em 1998 para R$ 440 milhões em 1999 e R$ 400 milhões em 2000;

— As despesas aumentaram ano a ano, com destaque para as despesas financeiras líquidas, que passaram de R$ 78 milhões em 1998 para R$ 150 milhões em 2000;

— O prejuízo operacional foi de R$ 182 milhões; e, mesmo subtraindo-se desse resultado as despesas financeiras, o prejuízo é de R$ 32 milhões, o que significa que as atividades do grupo estão gerando resultados negativos frente a um endividamento crescente (veja a situação patrimonial no quadro ao lado).

A conclusão dos analistas ouvidos por CartaCapital é que a RBS “encontra-se em estado de insolvência técnica, com crescente deterioração de sua posição econômica e financeira, que poderá levá-la do estado falimentar para a  falência real”. Se a RBS vender tudo o que possui e, com os recursos obtidos pagar os seus credores, ainda assim haverá no final um rombo de R$ 43 milhões.

  É nesse contexto que o partido Sirotsky abraçou com entusiasmo a causa do “Rio Grande Vencedor”, na campanha para a reeleição de Brito. Durante o governo Brito, os benefícios diretos auferidos do governo gaúcho pela RBS, na forma de publicidade e outros serviços de comunicação, montaram a pelo menos R$ 60 milhões por ano. Com a derrota do “Vencedor”, o grupo teve de se defrontar com um governo cioso de sua equanimidade na distribuição de recursos para a publicação de editais, comunicados e balanços entre os órgãos de comunicação gaúchos. Além disso, em contraste com o governo Brito, o de Olívio Dutra equilibrou as finanças do Estado, e em razão de sua eficiência acabou estimulando a cobiça de sanguessugas da privatização, ao valorizar alguns “objetos de desejo”, tais como a companhia estatal Sul Gás e o banco estatal Banrisul. A Sul Gás, que no período Brito não passava de uma empresa no papel, é avaliada hoje pelos petistas em R$ 850 milhões, depois de Dutra nela ter injetado pouco mais de R$ 30 milhões, enquanto o Banrisul tornou-se um banco solidamente ancorado.

Mas a prova dos nove é que o besouro voa. Segundo noticiou CartaCapital duas semanas atrás, Gustavo Franco, o mentor da engrenagem cambial que levou para a UTI grandes empresas de comunicação do País, é quem está agora à frente da Rio Bravo Investimentos, em busca de ganhar dinheiro oferecendo a esses mesmos grupos a engenharia financeira capaz de tirá-los do buraco.

Da engenharia política, posta em marcha pela campanha eleitoral, cuidará ele também, por afinidades ideológicas, e cuidam outros. Ah! como é reconfortante vislumbrar perspectivas ubertosas no fundo informal de campanha. Neste limiar de ano eleitoral, pode dizer-se que nada mais oportuno do que se apresentar ao comitê integrado por Brito em estado falimentar. Passando à frente de seus pares na disputa pelo botim, a RBS habilita-se assim a ganhar o primeiro bocado. Afinal, a máquina de controle da opinião pública na porção Sul do território Global, já avariada, encontra-se sob o risco iminente de enguiçar.

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(quadro)

Situação patrimonial em liquefação

Capitais próprios:                    R$ 662 milhões

Capitais de terceiros                 R$ 705 milhões

Patrimônio líquido negativo      R$ 43 milhões

25 de nov. de 2010

Difamador de Michael Moore pede desculpas ao vivo na TV americana

MooreVersusCIGNAEm 22 de novembro, o programa “Countdown” da cadeia NBC, dirigido pelo jornalista progressista Keith Oberman, brindou uma entrevista com Michael Moore e Wendell Potter. Numa cena sem precedentes na televisão estadunidense, Wendell, ex-diretor de comunicação empresarial do gigante de seguros de saúde CIGNA, pediu desculpas a Michael Moore pela campanha de difamação que dirigiu quando foi estreado o filme Sicko sobre os efeitos das seguradoras médicas privadas nos Estados Unidos.

Potter explicou que, antes de sair o filme, as seguradoras médicas privadas prepararam uma campanha dirigida a desprestigiar a pessoa e o trabalho de Michael Moore. O medo das seguradoras: que o filme desencadeasse um poderoso movimento social a favor da aprovação do seguro médico público universal. Nas reuniões internas, executivos destas companhias ameaçavam atirar Moore em um precipício se tal coisa sucedesse.
Como parte do seu trabalho, Potter foi a várias apresentações do filme e apresentou-se com o seu filho na estreia do documentário, na cidade natal de Michael Moore. Como prova da viagem, Potter incluiu uma fotografia daquela apresentação no seu blog.
O trabalho de Potter consistia em investigar os filmes de Moore, a sua vida, a vida da sua família e os possíveis ângulos de ataque que depois foram reproduzidos pela maioria dos meios de comunicação para dissuadir o público estadunidense de ver o filme de Moore.
O ataque consistia em repetir que os dados no filme eram incorretos e que Moore era um realizador anti-estadunidense, que queria impor o comunismo nos Estados Unidos. Os argumentos da CIGNA foram utilizados inclusive por George W. Bush no seu recente livro de memórias.
Michael Moore, visivelmente comovido pela notícia, aceitou as desculpas, mas acrescentou: "acho que ambos sabemos que isto vai muito mais além do que se fez comigo ou contra o filme".
Moore afirmou que a indústria estava disposta a gastar centenas de milhares de dólares numa tentativa de "travar um filme" porque temia que o mesmo "pudesse desencadear um levantamento populista" contra, segundo as suas palavras, "um sistema doente que permitiria que as empresas lucrem à nossa custa quando ficamos doentes".
Moore também perguntou a Potter o que sentia ao saber que estava a mentir abertamente para proteger os interesses das companhias de seguros. Potter respondeu que não podia viver tranquilo e que por isso decidiu confessar tudo.
Moore respondeu que ficava contente com tal mudança de atitude porque as seguradoras são responsáveis pela morte de milhões de pessoas no país. Potter aceitou esta tese e acrescentou que a maioria da informação de Sicko era correta.
Para os que ainda pensam que as campanhas de difamação são puras teorias da conspiração, este é um momento de verdade. Fora dos Estados Unidos isto pode parecer uma verdade banal, mas uma declaração deste tipo na televisão nacional é realmente significativa.
Fonte: Informação Alternativa. Veja a entrevista completa no Democracy Now, via Vermelho.

Depois da CMPF, a Voz do Brasil

BunrakuMeu expediente encerra às dezenove horas. Alguns minutos depois sigo por 43 km até minha residência. No caso, vou ouvindo, sempre a Voz do Brasil. É um costume que tenho desde os tempos da roça. Lá em casa só tínhamos rádio. A Voz do Brasil mudou da minha adolescência até  os dias atuais. Já faz algum tempo. Talvez seja o espaço mais democrático de informação que dispomos.

E também pode ser divertida. Vou sentir saudades dos discursos do Artur Virgílio e do Pedro Simon. Uma dupla canastrões dos microfones. Não farão falta pelo muito que disseram e pelo pouco que fizeram. Pelo menos nos últimos quatro anos, os discursos do Pedro Simon pareciam ditados por um ET. Veio de Marte, estacionou em Brasília e desconhecia o RS. Uma pena. Muitos acontecimentos políticos relevantes estavam acontecendo por aqui. Mas Pedro, o Simon, preferiu não conhecer o RS, nem dar satisfação aos seus eleitores. Se é que eles não o escolheram exatamente por esta capacidade autista. E só a Voz do Brasil propiciava que nós gaúchos ouvíssemos Pedro Simon. Só aparecia por estas plagas clandestinamente. Não tínhamos conhecimento de suas abalizadas opiniões, através dos veículos de comunicação deste Estado, sob a batuta dos Varões de Sirotsky. Fizeram um pacto de silêncio e cumpriram.

Há quem não goste da Voz do Brasil. E é fácil de saber quem e porquê. A velha mídia, que perde espaço publicitário, leia-se dinheiro. E ela vive de dinheiro, e usa a publicidade para isso. E os títeres da velha mídia neste Bunraku sulista, estes gostam de ser manipulados, porque não têm luz própria.

Ontem, por exemplo, foi discutido no parlamento a PEC 300, que trata do piso nacional dos policiais e bombeiros. Só fiquei sabendo porque ouvi a Voz do Brasil.  Ao mesmo tempo, ontem, o Rio de Janeiro vivia dias de guerra. Não houve conexão entre o que se discutia no Parlamento e o que acontecia na Cidade Maravilhosa. No entanto, tinha tudo a ver uma coisa com a outra. Isto é, sem condições mínimas para o trabalho dos policiais, não há como combater criminosos. E o que estava em discussão era o mínimo, não o máximo.

Porta-voz da RBS

Louis_XIVA flexibilização da Voz do Brasil, o eufemismo como foi chamada a burka, é de autoria de um dos porta-vozes da RBS, Sérgio Zambiasi. Entendem que (só) o que  é bom para eles é bom o Estado.

Este termo, flexibilização, é muito caro a títeres. Sempre que se aumentava algum imposto ou se retirava algum direito dos trabalhadores, o governo do prof. Cardosos chamava de flexibilização. Neste contexto, flexibilizar equivale a aplicar a mão-leve. Surrupiar! No caso, transferir o horário da Voz do Brasil equivale a censurar, impedir que um maior número de pessoas tenha acesso ao programa de interesse nacional. Esta mordaça imposta pela velha mídia  diz muito do espírito democrático dos signatários do Instituto Millenium. Democracia, para as famiglias Sirotsky, Marinho, Frias, Civita & Mesquita é tudo aquilo que ELES têm a dizer, e tudo aquilo que eles querem esconder. O silêncio também é uma forma eloquente de se fazer ouvir.

Aos poucos, os Luís XIV das comunicações pretendem tomar conta do Estado. Só eles sabem o que é bom e o que é ruim para o Estado. "L'État c'est moi", dizem!

24 de nov. de 2010

O bebê da Yeda não é japonês

Me caiu no colo um nenê japonês e na minha volta não havia nenhum japonês que valesse a pena”, Yeda Rorato Crusius

O namoro já está com os dias contados. No réveillon ele passar com outra, na Europa, e não volta. Ela diz, graças a Deus! Mas ele pensa que ainda há tempo para deixar as pegadas pelo caminho, ou um embrionário herdeiro. A quase ex-parceira, ainda muito jovem, não pretende ter filhos, pelos menos nos próximos quatro anos, mas não descartas as últimas semanas de prazer. Portanto, se até o Papa usa, porque não mandar bala com camisinha. Acordo fechado. Mas ele pretende mandar, além de balas, uma bomba com efeito retardado, para daí a nove meses. E fura a camisinha para ver no que vai dar. E... Fudeu!

Andy Warhol_yeda_japaFica ela grávida para criar um filho que não pretendia, sem a ajuda. Deixar uma namorada grávida para que crie sozinha filho seu é mais ou menos o que está fazendo a ex-governadora há mais tempo em exercício. É o tal do bebê japonês que Yeda embalou com amor e carinho mas que agora quer jogar no colo do Tarso.

Yeda Crusius e seus comparsas de suruba aprovaram o PL 239/2010. Yeda, que já havia furado as camisinhas, com o beneplácito da cambada, também queria aprovar o PL 240/2010, para dar, sempre dar, ainda mais no FUNDOPEM. E com vigência a contar de janeiro de 2011. Agora ela pariu um “bebê de Rosemary”  e quer abandoná-lo, no Réveillon, na porta do Piratini. Bonito isto, não!

Na mídia, sempre tão crítica com aumento de despesas, esta passa despercebida. Aliás, para os grupos mafiomidiáticos, dinheiro para empresas nunca empobrece o Estado, afinal de contas, as empresas são o Estado. Destinar benesses para empresas nunca é uma atitude ideológica, é apenas o cumprimento de um estágio da vida natural. Que o diga o seu Cairolli da FEDERASUL. O que estraga um estado é um “governo espúrio” que permite que pobres consigam adquirir um carro. Se ainda fosse roubado. Não, compram em 96 prestações, consignadas. Se desviasse dinheiro, comprasse matéria paga, e depois falisse, tudo bem. Mas comprar carro popular, com crédito fácil, aí já é demais!

23 de nov. de 2010

Az America s800 s806 s807 s808 s810 s810b s900 23 de novembro 2010

Az America s800 s806 s807 s808 s810 s810b s900 23 de novembro 2010

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 7:30 PM Editar
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AZ-América

Só pirataria contra a baixaria!

Conheça a América de A a Z e faça florir, por sua conta e risco, com esta nova revoada. Encontre o adubo certo para dar asas à imaginação nestes endereços:

http://www.az-world.net/download/

http://0e1.org/

http://azboxdobrasil.net/#fw


Aqui os jardins suspensos da Babilônia voltaram ao antigo jeito de florir.

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CPMF, SIM!

Sou a favor da CPMF pelos seguintes motivos (dentre outros):

- Porque a direita, qualquer direita, é contra!

ARRudas- O DEM é contra!

- José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal também era contra!

- Porque os grandes empresários são contra;

- Porque a FIESP é contra;

- Porque a RBS é contra, já que seus patrocinadores não querem pagar impostos pelas matérias pagas;

- Porque a Globo é contra, e ela sempre está contra o povo;

- Porque o Instituto Millenium é contra, assim como a Cosa Nostra;

- Porque a FEDERASUL é contra, assim como todo empresário que só pensa em si, mas é a favor de isenções fiscais, FUNDOPEM, subsídios…

- Porque a FIERGS é contra, assim como a FEDERASUL;

- Porque a OAB é contra, e todos sabemos que os advogados são que menos impostos pagam;

- Porque Fernandinho Beira-Mar é contra;

- Mas também porque o dinheiro vai para a saúde;

- Porque, com o fim da CPMF, não houve redução de impostos, nem os empresários aumentaram os salários;

- Porque a OAB gaúcha, que agora se reúne para bater contra, não diminuiu os honorários dos seus clientes. Quando houve a descoberta de extensa rede de corrupção no RS, a OAB gaúcha não reuniu a “sociedade” para debater…

- Porque os que são contra a CPMF usam o nome dos trabalhadores ao invés de usarem os próprios.

- Porque quem não quer pagar diz que o empresários repassarão aos produtos, o que mostra o quanto são honestos, e no final os consumidores é que pagam. Se já repassam da mesma forma, então, que pelo menos paguem! Eles conseguem transformar seus lucros em prejuízos só para não pagarem impostos. Eu não tenho esta opção no meu contracheque, mesmo que meus gastos sejam superiores aos meus ganhos.

NON OLET

- Porque é uma contribuição progressiva, proporcional ao que trafica pelas contas dos bancos;

- Porque quem trafica também paga;

- Quem compra do tráfico paga da mesma forma;

- Quem corrompe paga no ato de corromper, ao depositar o dinheiro da corrupção;

- Quem é corrompido, recebe menos que que receberia;

- Porque “o passador de bola é pego na hora de passar a bola”;

- Porque é O instrumento mais eficaz que existe na investigação da corrupção, donde a expressão “siga o dinheiro” derivada da “follow the money”.

Procure todos os pegos por corrupção, eles são contra!

Porque ser contra é manifestação de egoísmo, e ser a favor é ser solidário.

A esquerda é a favor, a direita é contra!

Conheço gente que não paga um puto, mas paga muita puta!

FEDERASUL – sociedade de empresários!

gaucha&cairolliA declaração do Presidente da FEDERASAUL, José Carlos Dornelles Cairolli, é um bom motivo para se aprovar a CMPF:

A sociedade tem que deixar de ser omissa com relação aos seus interesses”. De que sociedade ele está falando? Sociedade mafiosa? Quando a FEDERASUL fala em nome da sociedade, de que sociedade ele está falando? Quem deu procuração para o Presidente da FEDERASUL falar em nome da sociedade? O que ele quis dizer foi que “a sociedade dos empresários da FEDERASUL tem de deixar de ser omissa com relação aos seus interesses”.

Veja que o microfone que vai divulgar a fala de Cairolli pertence à RBS, é a Rádio Gaúcha. Esta é a sociedade a que se refere Cairolli. Esta sociedade, FEDERASUL & RBS, é que mete medo! DEUS NOS LIVRE DESTA SOCIEDADE!

22 de nov. de 2010

Folha ressuscita a Ditabranda

Dilma: a vingança póstuma do “seu” Frias

O Ficha Corrida reproduz post do Conversa Afiada que traz informação do Eduardo Guimarães: a respeito da participação da famiglia Frias na “Ditabranda”.

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O homem fardado e a declaração na foto acima correspondem a Otávio Frias de Oliveira, o falecido fundador do jornal Folha de São Paulo. Imagem e palavras pertencem a momentos distintos de sua vida. Todavia, unidas explicam por que seu herdeiro Otavio Frias Filho, o “Otavinho”, foi resgatar em arquivos dos órgãos de repressão da ditadura militar as desculpas usadas por esta para prender e torturar Dilma Vana Rousseff, a presidente eleita do Brasil.
Frias de Oliveira lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, que tentou dar um golpe de Estado contra Getúlio Vargas. Coerente com seu apreço pelo militarismo e pela derrubada de governos dos quais não gostava, apoiou o golpe militar de 1964. Nesse período, a Folha de São Paulo serviu de voz e pernas para os ditadores que se sucederiam no poder ao exaltá-los e ao transportar para eles seus presos políticos até os centros de tortura do regime.
No dia 21 de setembro de 1971, a Ação Libertadora Nacional (ALN) incendiou camionetes da Folha que eram utilizadas para entregar jornais. Os responsáveis acusavam o dono do jornal de emprestar os veículos para transporte de presos políticos. Frias de Oliveira respondeu ao atentado publicando um editorial na primeira página no dia seguinte, sob o título “Banditismo”.

Eis um trecho do texto:
“Os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta. Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve. E de maneira especial não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social-realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama. [...] Um país, enfim, de onde a subversão -que se alimenta do ódio e cultiva a violência – está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa, que reflete os sentimentos deste. Essa mesma imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.”
(Editorial: Banditismo – publicado em 22 de setembro de 1971; Octavio Frias de Oliveira).

O presidente da República de então era Emílio Garrastazu Médici. Nomeado presidente pelos militares, comandou o período mais duro da ditadura militar. Foi a época do auge das prisões, torturas e assassinatos de militantes políticos de esquerda pelo regime.
Apesar dos elogios de Frias de Oliveira à ditadura, segundo a Fundação Getúlio Vargas foi no governo Médici que a miséria e a concentração de renda ganharam impulso. O Brasil teve o 9º Produto Nacional Bruto do mundo no período, mas em desnutrição perdia apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas.
O uso político que o jornal Folha de São Paulo começou a fazer neste sábado das desculpas da ditadura para prender e torturar impiedosamente uma garota de 19 anos que lutava para libertar seu país do regime de exceção constitui-se, portanto, em uma vingança póstuma de um homem que dedicou sua vida à uma luta incessante contra a democracia, obviamente por acreditar que o povo não sabia votar.

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Folha de São Paulo
20/11/2010
Dilma tinha código de acesso a arsenal usado por guerrilha
Revelação foi feita em 1970 sob tortura por ex-colega da petista na luta armada e confirmada por ele em entrevista
Grupo VAR-Palmares guardava em imóvel 58 fuzis e 4 metralhadoras; armamento foi roubado de batalhão do ABC
MATHEUS LEITÃO
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985).
Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de “dinamite granulada” e 30 frascos com substâncias para “confecção de matérias explosivas”, como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de “reservado”, até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar.
Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.
Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo.
Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais -e deu mais detalhes.
Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura.
Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.
O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).
A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.
Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um “código” com o endereço do “aparelho” -como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.
Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do “aparelho” em Santo André (SP) em duas partes.
Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome “Luisa”. A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer.
O documento registra assim a informação: “Que, tal código, entregou a “Tadeu” e “Luisa”, sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado”.
“Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas”, diz, hoje, Sousa.
Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal.
Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de “minha coordenadora”.
“PONTOS”
Sousa contou que tinha três “pontos” -como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade- com Dilma nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura -inclusive com choques elétricos na “cadeira do dragão”.
Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. “Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência”, declarou.
Com a “dinamite granulada”, por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água “cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro”.
Quando 18 militares à paisana cercaram seu “aparelho”, Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido.
Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio.
Sousa diz que, meses depois, Dilma contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: Dilma e Melo encontraram a casa perfurada de balas e a rua semelhante a uma trincheira de guerra, com enormes buracos.
O depoimento registra 13 bombas jogadas contra os militares. Com um vizinho, Dilma e Melo descobriram que o companheiro esquerdista havia sido levado vivo pela repressão.

21 de nov. de 2010

Capo do Instituto Millenium italiano é Cosa Nostra

Sílvio Berlusconi detém, através da Mediaset o equivalente italiano da Globo no Brasil. É a máfia made in Italy, com selo DOC. Regionalmente, seria o Sirotsky do RS. Lá como cá, a mídia é Cosa Nostra. A diferença está apenas no idioma. Ao invés de Cosa Nostra, a associação tupiniquim atende pelo nome de Instituto Millenium. Se Sílvio Berlusconi tem seu senador, Marcello Dell’Utri, a RBS também não fica atrás. Sérgio Zambiasi e agora também Ana Amélia Lemos que o digam. E, de lambuja, Yeda Rorato Crusius. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

 

"Così Berlusconi pagava Cosa nostra
grazie ai contatti dell'amico siciliano"

I giudici: lo "stalliere" assunto ad Arcore con l'avallo della mafia. I magistrati: Mangano però ha millantato sui suoi rapporti con Marcello Dell'Utri
di FRANCESCO VIVIANO

"Così Berlusconi pagava Cosa nostra grazie ai contatti dell'amico siciliano" Vittorio Mangano, ex stalliere della tenuta di Silvio Berlusconi ad Arcore

PALERMO - Berlusconi pagava Cosa nostra e taceva. Pagava attraverso Marcello Dell'Utri in stretto contatto con gli esponenti di primo piano della mafia. E' un'altra conferma delle "relazioni pericolose" di Marcello Dell'Utri e della consapevolezza di Silvio Berlusconi di pagare per evitare attentati e minacce, contenuta nelle motivazioni della sentenza d'appello che ha condannato Marcello Dell'Utri a 7 anni di reclusione per concorso esterno in associazione mafiosa. Gli anni delle minacce e degli "accordi" con Cosa nostra sono quelli dei primi anni '70 e proseguiti fino alla fine degli anni '80. "Vi è un'indiretta conferma del fatto che anche Silvio Berlusconi  -  scrivono i giudici della Corte d'Appello di Palermo - in quegli anni lontani, pur di risolvere quel tipo di problemi, non esitava a ricorrere alle amicizie "particolari" dell'amico siciliano (Dell'Utri, ndr) che gli garantiva la possibilità di fronteggiare le ricorrenti richieste criminali riacquistando la serenità perduta ad un costo per lui tollerabile in termini economici".
Ed a questo proposto i giudici rievocano fatti ed intercettazioni telefoniche che si riferiscono a quell'epoca ed a quei fatti. "Eloquente al riguardo lo sfogo che il Berlusconi ebbe, ben dodici anni dopo le minacce dei primi anni '70 cui aveva fatto fronte rivolgendosi al Dell'Utri, nel corso della conversazione telefonica del 17 febbraio 1988 con l'amico Renato Della Valle. In quell'intercettazione che era stata disposta per alcuni attentati

subiti da Berlusconi il futuro Presidente del Consiglio diceva: "C'ho tanti casini in giro, a destra, a sinistra. Ce n'ho uno abbastanza grosso, per cui devo mandar via i miei figli, che stan partendo adesso per l'estero, perché mi han fatto estorsioni... in maniera brutta. ... Una cosa che mi è capitata altre volte, dieci anni fa, e... Sono ritornati fuori. ... siccome mi hanno detto che, se, entro una certa data, non faccio una roba, mi consegnano la testa di mio figlio a me ed espongono il corpo in piazza del Duomo... E allora son cose poco carine da sentirsi dire e allora, ho deciso, li mando in America e buona notte... ma io ti dico sinceramente che, se fossi sicuro di togliermi questa roba dalle palle, pagherei tranquillo, così almeno non rompono più i coglioni".
Una conversazione che, se ce n'era bisogno, conferma il fatto che Berlusconi sapeva a chi pagava. Ed a conferma di questi episodi nelle motivazioni della sentenza viene proposta una conversazione tra Berlusconi e Marcello Dell'Utri la sera del 29 novembre del 1985, poche ore dopo l'esplosione di un ordigno collocato sulla recinzione di via Rovani a Milano. "Silvio Berlusconi, ridendo, riferiva al suo interlocutore  -  scrivono i magistrati - il contenuto del colloquio già avuto con i Carabinieri di Monza incaricati delle indagini ai quali aveva detto che, se coloro che avevano compiuto il danneggiamento gli avessero chiesto trenta milioni invece che mettere la bomba, egli non avrebbe avuto difficoltà a pagare. Ecco cosa diceva Berlusconi a Dell'Utri: "Stamattina gliel'ho detto anche ai carabinieri.... gli ho detto: 'Ah, si? In teoria, se mi avesse telefonato, io trenta milioni glieli davo!' (ride). Scandalizzatissimi: 'Come, trenta milioni? Come? Lei non glieli deve dare che poi noi la arrestiamo!'. dico: 'Ma no, su, per trenta milioni!'".
C'è la conferma, affermano i magistrati, che in quegli anni tra il '70 e l'80 "Berlusconi, pur di stare tranquillo, preferisse trovare soluzioni accomodanti". E trova conferme e credibilità la ricostruzione operata dal Tribunale "in forza delle dichiarazioni rese da Francesco Di Carlo secondo cui l'imputato Dell'Utri si occupò di procurare all'imprenditore milanese la "protezione" attraverso l'assunzione di Mangano con l'avallo e l'intervento diretto dei massimi esponenti di Cosa nostra dell'epoca". Ma sul presunto contatto diretto tra lo "stalliere" Vittorio Mangano e Berlusconi e sull'assunzione di presunti impegni presi da Marcello Dell'Utri con Cosa nostra attraverso Mangano, i giudici esprimono qualche perplessità e sostengono che Mangano possa avere "millantato": "Non è irragionevole ritenere che su questi argomenti Mangano possa avere millantato con Cucuzza e La Marca (due mafiosi poi pentiti ndr) anche riferendo loro di colloqui realmente avvenuti e di pretesi impegni in realtà invece mai assunti".

(21 novembre 2010) © Riproduzione riservata

20 de nov. de 2010

O serpentário da RBS

preconceito ideologicoA RBS prepara um novo Prates da casa. Vem aí o intérprete do intérprete. Tudo o que mestre Prates disse, o aspirante tentou desdizer. Fez-se de intérprete, porta-voz, advogado,  promotor e Juiz.  O Napoleão Mendes de Almeida da análise ideológica da RBS ouviu, fez a análise sintática e sentenciou. Com a conclusão embaixo do braço, ou em outro lugar qualquer, lavrou a seguinte pérola: “Ouçam Prates sem “pré-conceitos” ideológicos.” Ponto. O que o pulha e dublê de puxa-saco quer é que não ousemos interpretar ideologicamente a manifestação ideológica do mequetrefe. Faltou uma apreciação acurada da expressão “governo espúrio”, que no contexto, o torna um imortal da ABL. Segundo o Houaiss, espúrio: 
1    não genuíno; suposto, hipotético
2    ilegítimo, bastardo

A turma da RBS é dada a estas coisas. Os outros usam argumentos ideológicos. Eles são isentos. Ana Amélia Lemos é a prova da isenção jornalística da RBS. De manhã palpiteira política neutra, à noite candidata à Senadora pelo PP.

Saiu da imparcialidade ativa para a parcialidade reativa da turma do DETRAN. Que milagres a RBS opera para que uma jornalista neutra vira política reaça ao simples largar da caneta?

 

De onde sai filhote, há ninhada

ovo11765Cobra não põe ovo, põe ovos. E de onde sai uma, tem mais. São escolhidas a dedo. Agora, onde os Sirotski metem o dedo para encontrar estes ovos ainda não se sabe. Mas que fede, fede.

Na lista das cobras criadas pelo Butantã da RBS pode-se listar víboras como Mendelski, Barrionuevo, Lasier Martins, Ana Amélia Lemos, Luiz Carlos Prates. E agora põe a língua de fora uma aspirante que não merece que decline seu nome. Quando crescer, talvez mereça aparecer no seio da ninhada-mor.

Como se pode ver, a RBS não gesta apenas estupradores. Da mesma árvore daninha surgem estas figuras mesquinhas, alguns que babam sangue, outros que lambem bosta.

O aspirante à víbora ousa chamar o testemunho de seu colega celetista de “O vídeo polêmico do Prates”. Uma manifestação que assustou o Brasil pelos argumentos toscos, que só uma mente tacanha, comandada por boçais, ousa levar a público.

A falta de iniciativa do poder público com as sandices do funcionário da RBS de Santa Catarina ensejou que viesse a público outro representante do obscurantismo.  Depois da Opus Dei e da TFP na campanha, apareceu Mayara Petruso em São Paulo, Luiz Carlos Prates em Santa Catarina e, vá lá, o dublê de analista ideológico da Zero Hora, David Coimbra.

Ou o Ministério Público dá um basta ou os Skinheads ainda vão tomar conta do jornalismo sulista.

Lobo preso na toca em que se meteu

O golpista de Honduras, que recebeu o apoio da CIA e da velha mídia tupiniquim, é persona non grata na Argentina. Depois que José Serra perdeu, o golpista também perdeu a chance de ser recebido no Brasil. Mas ele pode convidar Fujimori, Menem, FHC, Uribe e a vovozinha para conhecerem seu Lobo de perto.

Lobo no va a poder llevarse alfajores

La Cancillería de Honduras admitió ayer que Lobo no vendrá a Mar del Plata porque no lo invitaron. El gobierno argentino no reconoce su legitimidad. La Cumbre se hará en dos semanas.

Pese a contar con las simpatías de Washington, el presidente de Honduras, Porfirio “Pepe” Lobo, sigue sufriendo la resistencia activa de la mayoría de los jefes de Estado de la región, empezando por el gobierno argentino, que siempre estuvo en la primera fila entre quienes no reconocen su legitimidad y aún reclaman por la suerte del destituido Mel Zelaya. En una nueva prueba de esto, Lobo no participará de la Cumbre Iberoamericana que se realizará dentro de dos semanas en Mar del Plata. “Honduras no ha sido invitada a la cumbre”, comunicaron en la Cancillería del país centroamericano.

La presencia de Lobo viene actuando como revulsivo en la región. La mayoría de los países de América del Sur no reconocieron su gobierno, aunque Colombia, Perú y Chile sí lo hicieron, tal como lo viene impulsando la Casa Blanca, que busca dar vuelta la página a la situación. No obstante, por la iniciativa de los presidentes que no lo reconocen, Lobo prácticamente tiene vedado participar en los encuentros a los que van los mandatarios de América del Sur. Ya pasó en la Cumbre de la Unión Europea y Latinoamérica que se hizo en mayo pasado en Madrid. Por la presión de los presidentes que amenazaron con no viajar, Lobo apenas si participó de una jornada previa a la cumbre y después debió irse casi a escondidas.

En el caso de la inminente Cumbre Iberoamericana, el boliviano Evo Morales repitió el método. “Si el tal Lobo, el presidente producto del golpe de Estado en Honduras, va a la Cumbre Iberoamericana, yo no voy a participar. ¡Cómo voy a participar con dictadores!”, advirtió Evo días atrás. En verdad, casi un formulismo porque Morales ya podía imaginar que Cristina Kirchner no permitiría la presencia de Lobo en una cumbre a realizarse en la Argentina.

Desde el golpe de Estado que derrocó a Zelaya en junio de 2009, el gobierno argentino hizo punta en los foros internacionales denunciando como inadmisible la salida con un golpe “cívico-militar” en Honduras. Incluso, la Presidenta y la secretaria de Estado, Hillary Clinton, reconocieron que había sido un punto de disidencia durante la reunión que mantuvieron en Buenos Aires en marzo pasado.

Sin Lobo entonces, la Cumbre Iberoamericana se realizará en Mar del Plata el 3 y 4 de diciembre bajo el lema “Educación para la inclusión social”. El 3 habrá encuentros de empresarios y de cancilleres, mientras que el 4 será la sesión de los presidentes. Son 22 los países que forman parte de la cumbre. Por el lado de España, vendrán el jefe de gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, y el rey Juan Carlos.

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La Unasur frente a los golpes de Estado

Por Jorge Argüello *

¿Qué podría unir a un bibliotecario de Luis XIV de Francia con un grupo faccioso de policías ecuatorianos del siglo XXI? La respuesta aparece enseguida en estudios convencionales de política donde circunstancias tan distantes como los caprichos de un antiguo rey absoluto y las cambiantes modalidades golpistas de hoy terminan enlazados por una sola expresión: “golpe de Estado”.

Al bibliotecario en cuestión, el ilustrado Gabriel Naudé, se le atribuye la invención de la expresión que describe las dos situaciones: “coup d’Etat”. Quedó impreso desde el siglo XVII en sus póstumas Consideraciones políticas sobre el golpe de Estado, donde reflexionó descarnadamente sobre los avatares de los monarcas absolutos para mantener el poder.

Desde entonces, forzada por la realidad y más allá del estereotipo sudamericano del derrocamiento de un gobierno civil por militares, la categoría política del golpe de Estado fue adquiriendo muchos matices, a los que hoy vale la pena prestar atención en nuestra región.

Por ejemplo: la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), reunida este mes en Guyana, tomará nuevos recaudos después del intento encabezado por los policías contra el presidente Rafael Correa. La Unión aprobará una nueva Cláusula Democrática para evitar que cualquier régimen ilegítimo se instale en los países miembros.

La Unasur terminará así el formidable trabajo que había comenzado el ex presidente Néstor Kirchner desde Argentina como secretario general del organismo, cuando impulsó la cláusula con el apoyo de todos los mandatarios de la región.

Pero esta respuesta política, contundente como es, involucra un arco de definiciones que nos lleva nuevamente al principio. ¿Qué es hoy un golpe de Estado? ¿O acaso lo que sufrió el presidente Correa fue apenas un “motín policial” en el que un grupo de alocados oficiales osó llamar por radio a sus colegas rebeldes a “matar al presidente”? Porque, en verdad, después de los acontecimientos hay quienes realmente piensan así.

Se han oído razonamientos de este tipo: no puede calificarse propiamente como “golpe de Estado” el intento contra Correa porque ni hubo intento claro de toma de poder de parte de los autoacuartelados en armas, ni se expresó un programa de gobierno ni se expuso un liderazgo único que coordinara a los rebeldes.

La aproximación es objetable, ya, considerando el contexto de los hechos: en Ecuador, durante los últimos 15 años ningún presidente terminó su mandato. Pero es más que eso.

En aquellos escritos sobre el absolutismo, el bibliotecario Naudé, consejero de Richelieu y continuador francés de las reflexiones de Maquiavelo, dio una vuelta de tuerca más a la noción de “razón de Estado” a la que ya recurrían para justificarse los monarcas si las reglas de la Política, con mayúsculas, no bastaban a sus fines.

Naudé definía los “coup d’Etat” de entonces como “acciones audaces y extraordinarias” a tomar ante “empresas difíciles y rayanas en la desesperación, contra el derecho común, y sin guardar ningún orden ni forma de justicia”, en nombre de un “bien general” que involucraba una plebe “inferior a las bestias, peor que las bestias y cien veces más necia que las mismas bestias”.

Con el tiempo, las luchas populares fueron forzando el reconocimiento de derechos, por empezar los políticos, pero la teoría tuvo que seguir clasificando nuevos atropellos a la democracia. Así, hay golpes de Estado como los que Argentina soportó entre 1930 y 1983: dictadores militares que terminaron gobernando con el título de “presidentes”. Pero la región también conoció otras variantes del mismo canon, como el “autogolpe” de Alberto Fujimori en los ’90, o la “destitución” de Manuel Zelaya en Honduras en 2009.

El historiador Samuel Finer reconoció, hasta los ’70, al menos cuatro niveles de presión de poderes uniformados sobre el Estado democrático. Salvo el primero, los otros tres constituyen para el autor formas de golpe de Estado.

Un primer nivel de presión sobre el gobierno o el Parlamento en busca de intereses propios. Un segundo nivel de amenaza de uso de la fuerza, una especie de “golpe tácito” como el que obligó a Raúl Alfonsín a adoptar la Ley de Obediencia Debida en 1987.

La presión puede seguir en escalada con el uso de la violencia o amenaza para reemplazar al gobierno civil por otro civil, un tercer nivel que en el caso de Frondizi lo expulsó directamente del poder, reemplazado por José María Guido. Y, por fin, golpes que instalan una dictadura como la de 1976, aunque al pensar esta clasificación Finer no pudo siquiera imaginar hasta donde llegaría el terrorismo de Estado.

Entonces, aceptada la variedad de posibilidades, lo que está en juego es la necesidad de caracterizar ampliamente el fenómeno político de golpe de Estado, para evitar fisuras y mantener a nuestra región unida bajo lo que la Unasur ya denominó en su carta como “valores compartidos” y “enfoques comunes”.

¿Acaso los ataques terroristas que sufrieron en suelo americano tanto Argentina como Estados Unidos no requieren de una misma consideración, tipificación, tratamiento y condena por parte de los países de la región? ¿Cómo dejar fuera, entonces, parte de la gama completa de formas de golpes de Estado cuando el daño a la democracia es el mismo?

En el caso de Ecuador, fue clave la pronta reacción que tuvo el secretario general de la OEA, José Miguel Insulza, al acudir al país inmediatamente y condenar los hechos calificándolos él mismo como intento de golpe de Estado. Lo mismo debe decirse de la Declaración de Buenos Aires que firmaron los presidentes de la región convocados de urgencia por Kirchner, en defensa del gobierno de Correa.

Esa declaración incluyó un artículo específico que –en este mes de noviembre– en la IV Cumbre de la Unasur de Guyana, se convertirá en la Cláusula Democrática de la Unión. Una vez aprobada, cualquier golpista sabrá que además de repudio enfrentará cierre de fronteras, restricciones de comercio, de tráfico aéreo, de provisión de energía y de otros suministros que impidan la instalación de un poder ilegítimo.

Las democracias de Argentina y América latina experimentaron ya suficientes “coup d’Etat”, golpes de Estado, “motines” y “planteos” o como pueda llamarse a cualquier variante de asalto a la democracia. Ahora, esta categoría política debería volver para siempre a las bibliotecas, “el lugar del ejercicio público de la razón”, como gustaba llamarlas el pragmático Naudé.

* Embajador. Representante Permanente de Argentina ante las Naciones Unidas.