27 de jan. de 2005

Sejamos práticos

O filme Mediterrâneo, de Giuseppe Tornatore, mostra um aviador italiano, no final da guerra, falando aos seus colegas isolados numa ilha grega:
- Voltemos à Itália. Há uma grande confusão por lá. É um momento de grandes oportunidades...
O engenheiro brasileiro sumido no Iraque (João José Vasconcellos) não deve ter visto o filme. Os EUA invadiram o Iraque sem qualquer motivo, pelo menos confe$$ável. Como engenheiro, não entendeu a arquitetura do plano. A subsidiária americana da Oldebrech, contratada pelo Exército Ianque, viu lá "grandes oportunidades", só que ao invés de americanos jogou às feras um brasileiro. Na verdade, os soldados americanos ou são negros ou imigrantes... Bem, para o brasileiro, com ele sumiram as grandes oportunidades.
Não custa nada perguntar o que este cara estava fazendo lá? Agora meio mundo está preocupado com o que pode ter acontecido ao aventureiro. O engenheiro agiu com a mentalidade da propriedade privada brasileira, sem pensar nos riscos. Em havendo, o problema é do Itamarati. Vai para um país invadido, hostil aos invasores e "con$trutore$", e agora a família vem com esse papo malemolente. Eu sei que no Morro da Cruz é perigoso, não subo lá... Todos os dias, milhares de brasileiros são mortos seja pela violência cotidiana, seja nas estradas abandonadas pelo poder público. Explica-se, rico não viaja de carro, viaja de avião... Um Brasil desmantelado é um lugar de "grandes oportunidades" para estelionatários e petistas. Lula já provou que são é a mesma coisa.
No Natal de 1944, no auge do bombardeio de Berlim, a recomendação era: "seja prático, dê um caixão". Sejamos práticos, mandemos caixão aos invasores do Iraque.

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