4 de mai. de 2006

Tio Sam apóia Morales

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, citou o perigo de "demagogos e autoritários" no continente, em discurso em reunião no Conselho das Américas, ontem pela manhã, em washington.
Apoiada no em fatos históricos, a galinha deve ter se lembrado do Côndor, da Operação Côndor, quando os EUA apoiaram "demagogos e autoritários", como Pinochet. São duas palavras caras ao EUA, pois apoiaram ditadores no passado (todas as ditaduras da América Latina), como ainda apóiam no presente, como o regíme sírio. E ninguém é mais demagogo que George W. Bush!
Bastaria citar, para encerrar a questão do apreço Bushiano pela democracia, o apoio hostensivo a Pedro Carmona e asseclas no golpe que derrubou Hugo Chávez por um dia. Um dia, mas o suficiente para fecharem Congresso e a Suprema Corte daquele país. Chavez e Morales podem ser tudo o que dizem seus detratores, mas terão de aprontar muito para se igualarem ao fascínora do Tio Sam.
Evo Morales está coberto de razão, e se não fizesse mais nada em seu governo, já entraria na História pelo simples fato de ter buscado o melhor para seu povo. A desnacionalização dos bens naturais da Bolívia, desde o descobrimento, levou, literalmene, muita riqueza. Levou da Bolívia para outros países, pois o povo continua pobre.
Se a exploração das riquezas nacionais por empresas estrangeiras fossem benéficas, a Bolívia não seria tão pobre, não é mesmo?!
Veja o que fazem as multinacionais trazidas pelo professor Cardoso, enriquecem com serviços caríssimos e mandam os lucros para os países de origem. A Embratel manda seu lucro para a sua sede nos EUA. A telefônica, para a Espanha; o Santander, para a Espanha, para o FHC, em troca de palestras. E assim vai "o teu, o meu, o nosso dinheiro", como diria o ex-ministro do PSDB, Mendonça de Barros, dono da revista Primeira Leitura, e também primeira beneficiada pelas verbas do governo tucano do seu Alckmin.
Viva! Evo viu a uva!

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