25 de set. de 2005

Halawa

Com esta palavra árabe, os homens da CIA ganharam a confiança de Osama Bin Laden para a luta contra a União Soviética. Para não serem pegos na cumplicidade da luta dos Talibãs do Afeganistão contra a URSS, os EUA ensinaram formas de transferirem recursos sem deixar lastros. Para os EUA, ou confiavam ou confiavam, não tinham alternativa. A palavra “halawa”, significa “eu confio em você”, pois não há documento escrito. E os EUA confiavam em Bin Laden, a ponto de a ele entregarem armas, dinheiro e informações.
Não por acaso os talibãs do neoliberalismo são ferrenhos inimigos da burocracia de Estado, e aí transformam a burocracia definida por Max Weber, denegrindo-a, para poderem traficarem sem deixar pegadas. Por exemplo, quando os donos da mídia brasileira se reuniram com Lula, não houve reportagem de seus veículos. As fotos saíram através dos veículos burocráticos, que registram a agenda governamental, pois queriam foto nem agenda de compromissos, apenas empréstimos do BNDES para saldar suas dívidas contraídas em dólar.
É a mesma razão pela qual Fernando Collor de Mello implantou a perseguição do servidor público, chamando-o de marajás. E os que vieram depois só fizeram continuar maculando a imagem do servidor público porque o servidor público continua, eles, não! Lula também acha que os problemas do Estado Brasileiro são os aposentados. Os males do Brasil são as saúvas Marcos Valérios, Genuínos, Delúbios, Sérgios Mottas, Padilhas, FHCs, Paulos César Farias, Malufs e Borghousens. A montanha de dinheiro público parida nos pardieiros dessas raposas paga todos os aposentados e ainda sobraria bufunfa para financiar as campanhas políticas.
Sempre tem um ignorante ou um safado para dizer que o dinheiro das campanhas não é dinheiro público. Mas é. A empresa que declara o valor dado, deixa de pagar tributos sobre ele. Além disso, os grandes valores são os bilhetes das concorrências fraudadas, das isenções, incentivos fiscais e PROERs da vida...
No sistema “halawa”, um doleiro de Porto Alegre que quer depositar US$ 1 nas Ilhas Cayman, onde a RBS possui um empresa, entra em contato com um corresponde da Suiça, que faz o depósito em Cayman. O doleiro gaúcho registra um crédito para seu parceiro suíço no mesmo valor. Quando o parceiro precisar mandar dinheiro para o Brasil, o doleiro de Porto Alegre faz o pagamento em reais para o cliente do doleiro das Ilhas Cayman, sem que haja remessa física de dinheiro.
Assim funciona com as empresas brasileiras que têm “subsidiárias” (por quê?) nas Ilhas Cayman, como os políticos que gastam montanhas de dinheiro nas campanhas. É a mesma regra de funcionamento da Al Qaeda. Provar? É por isso que o Maluf e o Al Capone só foram pegos pelo Imposto de Renda. E o imposto de renda é controlado pelos marajás servidores públicos. Deu para entender!?

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