9 de fev. de 2006

Pelas barbas do Profeta

Os valentes jornais e jornalistas brasileiros bradam pela liberdade de imprensa, de ter opinião, de fazer charge sobre o que bem entenderem. É a volta do estado primitivo, da liberdade total, sem o mínimo de bom senso.
Pode-se fazer charge em que o profeta Maomé apareça de turbante em forma de bomba, como se todo o crente do islamismo fosse "bombeiro". Isso é estigmatizar a religião, provocando ódio religioso.
Ratificar este comportamento, como tem feito Zero Hora e mesmo a Folha de São Paulo, significa mais incitação ao ódio religioso que liberdade de informar. Não se dão conta que a falta de respeito com a diferença demonstra tanto irracionalismo como um escalda-pés em formato de bomba. Não faz muito, Siegfried Ellwanger foi condenado por negar, em formato de livro, o holocausto judeu. Não se tratava de liberdade de expressão, mas expressão sem lastro na verdade. Foi condenado. Os mesmos que buscaram a condenação de Ellwanger, agora querem a liberdade de ofender o profeta.