O GLOBO Rio, 10 de fevereiro de 2006 Versão impressa
PF investiga se a lista de Dimas é autêntica
O tabelião Hamilton Barros e o escrivão Fábio Dello, do cartório do 4 Ofício de Notas do Rio de Janeiro, afirmaram ontem, em depoimento à Polícia Federal, no Rio, que a cópia da lista de políticos favorecidos com um suposto caixa dois de R$ 36,5 milhões, criado a partir de Furnas, foi autenticada com base no documento original.
Fábio Dello disse que o documento original continha a assinatura de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas apontado como suposto autor do documento, reconhecida pelo 15 Ofício de Notas, o que o levou a atestar a autenticidade da cópia. Ele só não lembra quem compareceu ao cartório, para autenticar, no ano passado.
— Atendo a mais de 300 pessoas por dia. É impossível lembrar. Sei apenas que a pessoa já chegou com as cópias prontas e somente autenticamos — disse Fábio.
A lista contém o nome de 156 políticos, principalmente do PSDB e PFL, que teriam recebido dinheiro de caixa dois. Dimas nega a veracidade do documento. Para a polícia, as declarações dos funcionários do cartório também reforçam a necessidade de se aprofundar as investigações sobre a existência do chamado dimasduto.
A lista original com os nomes dos políticos teria sido elaborada em 2002. A cópia da lista foi entregue a polícia pelo lobista Nilton Monteiro, que atuou na campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 1998.
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