10 de jan. de 2010

Jornalismo de Emboscada

O escamoteamento de informações atenta não só ao direito do cidadão de saber exatamente o que está acontecendo, como também infringe a obrigação de uma concessão pública, como a RBS, de cumprir com sua obrigação constitucional de bem informar.
É praxe, mais do que isso, é institucional o comportamento da RBS de esconder do público notícias desabonadoras aos seus ex-funcionários. A RBS nunca informaria os reais motivos que levaram Antonio Britto à Espanha, quanto saiu do governo do Estado. E qualquer um sabia que Britto "cheirava" mal.

No governo da ex-funcionária Yeda Crusius, do glorioso PSDB, com certeza o mais corrupto da história do RS desde o tempo das capitanias hereditárias, a RBS exime-se de fazer as perguntas certas. Na verdade, usando uma linguagem cara aos peões daquela casa, a RBS só faz levantar a bola para seus ex-funcionários chutarem. O mesmo comportamento canhestro estende-se ao atual ocupante do passo municipal, José Fogaça, do PMDB, também com passagem pelos corredores da RBS.

Faz isso a tanto tempo, cotidianamente, que qualquer estagiário que adentre as portas daquela pocilga já sabe que trabalhará com estrume.

Neste domingo encontrei uma manchete esclarecedora deste modus operandi:
"Dmae nega problemas em hidrantes para controlar incêndio no centro de Porto Alegre. EscamoteaçãoTexto e foto brigam com os fatos

Note que o texto está em conflito com a foto: enquanto a matéria sugere problemas, a foto mostra eficiência.

Entendeu: o DMAE nega algo que a RBS não mostrou que havia.

Afinal, é uma manchete ou um confissão? Aí verirfico no box das matérias relacionadas e não encontro nenhuma que se refira à falta de hidrantes. Como diz o ditado, mentira tem perna curta.

A volta do que não foiMentira tem perna curta

Como diria Cícero: - Até quando, ó RBS, abusarás da nossa inteligência?


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