8 de dez. de 2010

MasterCard patrocina censura

Matéria da BBC mostra quem patrocina a censura e o que acontece. Algo assim deveria acontecer por aqui aos patrocinadores da VEJA.

 

Hackers atacam Mastercard por cortar serviço ao WikiLeaks

Patrocinador da censura!

Mastercard afirmou que 'tráfego pesado' provocou falhas no site

Ataques de hackers ao site da Mastercard nesta quarta-feira prejudicaram pagamentos de usuários da empresa de cartões de crédito. O site foi um entre vários atacados por um grupo de hackers chamado Anonymous (Anônimo), que diz punir as empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks.

O WikiLeaks e o seu fundador, Julian Assange, vêm sofrendo uma forte pressão internacional, principalmente por parte dos Estados Unidos, desde que começaram a divulgar um pacote de mais de 250 mil mensagens diplomáticas secretas americanas, na semana passada.

A Mastercard, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, diz que o ataque não afetou pagamentos feitos por usuários do cartão de crédito. Mas a BBC foi contatada por uma empresa que disse que seus clientes enfrentaram uma queda completa do sistema.

A companhia, que não quis ter o nome revelado, afirmou que o serviço de autenticação de pagamentos online, conhecido como Mastercard's SecureCode, deixou de funcionar.

Leitores também relataram problemas com pagamentos pela internet. Não se sabe qual foi a dimensão do problema. A Mastercard não confirmou o ataque.

Mais cedo, o funcionário Doyel Maitra havia dito que o site corporativo da empresa – Mastercard.com – estava enfrentando um "tráfego pesado", mas que continuava acessível.

"Estamos trabalhando para restabelecer a velocidade normal do serviço. Não há impacto algum na capacidade dos usuários dos cartões Mastercard ou Maestro de usar seus cartões para transações seguras."

Ativismo virtual

O Anonymous, que assumiu a autoria do ataque, é um grupo de hackers ativistas que diz já ter atingido diversos alvos - incluindo o site dos promotores que acusam o fundador do Wikileaks, Julian Assange, de estupro.

A PayPal, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, também foi atacada.

A empresa de pagamentos diz que tomou a decisão após o Departamento de Estado americano determinar que as atividades do WikiLeaks eram ilegais nos Estados Unidos.

Outras empresas que se afastaram do WikiLeaks, como o banco suíço PostFinance, que congelou a conta de Assange, também sofreram ataques. O banco diz que o fundador do site forneceu informações falsas ao abrir a conta na instituição.

Especialistas em segurança dizem que os sites foram atacados por um mecanismo chamado DDoS (distributed denial-of-service attack), que faz com que as páginas saiam do ar.

Paul Mutton, da empresa de segurança Netcraft, diz que 1,6 mil computadores agiram na ação.

Antes do ataque à Mastercard, um membro do Anonymous que se intitula Coldblood (sangue frio) disse à BBC que várias ações estavam sendo executadas para afetar empresas que deixaram de prestar serviços ao WikiLeaks ou que supostamente estariam atacando o site.

"Sites que estão se curvando à pressão governamental se tornaram alvos", disse o hacker. "Como organização, nós sempre defendemos uma sólida posição sobre censura e liberdade de expressão na internet e nos voltamos contra os que buscam destruí-la por qualquer meio."

Segundo Coldblood, o "WikiLeaks se transformou em algo maior do que o vazamento de documentos e tornou-se o palco de uma batalha do povo contra o governo".

O hacker admitiu que os ataques podem prejudicar pessoas que tentam acessar os sites, mas disse que essa é a "única forma efetiva de dizer a essas companhias que nós, o povo, estamos descontentes".

O Anonymous também está ajudando a criar sites espelhos para o WikiLeaks, após seu provedor americano retirá-lo do ar.

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